Eletrobras defende melhor remuneração e modernização de hidrelétricas

por Carlos Britto // 11 de outubro de 2024 às 17:20

Foto: Divulgação

A Eletrobras, maior empresa geradora de energia do país, destaca a importância crescente das hidrelétricas para o Sistema Interligado Nacional (SIN), mesmo que sua participação na matriz energética brasileira tenha diminuído nas últimas décadas. De acordo com Rodrigo Limp, vice-presidente de Regulação e Relações Institucionais da empresa, as hidrelétricas desempenham um papel crucial na estabilidade do sistema, agindo como “baterias naturais” que equilibram a geração de energia, especialmente diante da expansão de fontes intermitentes, como solar e eólica.

Limp defende a necessidade de melhorias nas regras de remuneração dessas usinas, uma vez que os serviços que elas oferecem ao sistema, como a flexibilidade de geração e o controle de grandes variações de demanda, não são atualmente reconhecidos ou remunerados de forma adequada. Ele argumenta que o modelo atual não incentiva novos investimentos, o que é fundamental para a manutenção e expansão da infraestrutura hidrelétrica.

Modernização e novos projetos

A Eletrobras também está investindo na modernização de suas usinas, incluindo a maior delas, Tucuruí. Esses investimentos buscam aumentar a eficiência e prolongar a vida útil dos ativos. Além disso, a empresa vê potencial nas usinas reversíveis, tecnologia que armazena energia para momentos de maior demanda, como uma solução para lidar com a intermitência das fontes renováveis.

Uso múltiplo das águas

Além da geração de energia, as hidrelétricas também desempenham funções importantes como o controle de cheias, turismo e navegabilidade em diversas regiões do Brasil. O vice-presidente também ressalta a importância de políticas públicas que reconheçam esses benefícios e incentivem iniciativas sustentáveis, como a revitalização de bacias hidrográficas e a descarbonização de operações na Amazônia.

Essas mudanças, segundo Limp, são essenciais para garantir a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro, especialmente em um cenário de maior participação de fontes renováveis intermitentes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários