Integrando a bancada de oposição na Casa Plínio Amorim, o vereador Elismar Gonçalves (MDB) rendeu mais uma vez comentários de bastidores esta semana. O motivo foi o título de Cidadão Petrolinense e da Medalha de Honra ao Mérito ao procurador municipal Luzemberg dos Santos, entregues na última quinta (10), os quais nasceram de projetos de Decreto legislativo de autoria de Elismar. Até o prefeito Miguel Coelho (sem partido) prestigiou a solenidade, o que levantou novamente questionamentos sobre a postura política do vereador. Em entrevista ao Programa Carlos Britto, na Rural FM, nesta sexta-feira (11), ele deixou claro, no entanto, que uma coisa não tem nada a ver com outra.
Elismar contou ter conhecido Luzemberg em 2010,durante uma discussão em torno da Cooperativa Agrícola do Perímetro irrigado Bebedouro (Campib). Na época o vereador era aliado do então prefeito Julio Lossio (PSDB) – adversário político do grupo de Miguel, do qual Luzemberg faz parte. De lá para cá, o procurador sempre o ajudou, quando procurado, em questões jurídicas referente a alguma associação ou liderança do campo, mesmo sabendo de sua posição política. “Costumo dizer que gratidão, respeito não tem lado. Você pode fazer política com muito respeito, tendo um lado político. O título não teve essa correlação política, mas sim o sentimento de reconhecimento e merecimento”, ponderou.
A afirmação do vereador serviu também para ratificar que faz parte do bloco de oposição a Miguel Coelho. Ele voltou a lembrar que no ano passado apoiou o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) e o federal Fernando Monteiro (PP), além de ter votado em Lossio para governador. Sobre os comentários de não fazer uma oposição mais aguerrida a Miguel, como seus demais colegas de bancada, Elismar justificou que esse é seu estilo.
“O que não pode é você fazer política com raiva, com o fígado. Eu tenho uma relação de respeito com a (atual) gestão. O que tem de ser observado, a gente vai fazer as observações. O que tem de ser colocado na Câmara a gente tem feito, inclusive com indicações requerimentos”, argumentou. Elismar disse que vem fazendo suas cobranças à prefeitura, a exemplo da unidade de saúde do Bebedouro, anunciada pela gestão como se as obras tivessem começado, mas ele assegura que estão paradas. “Era para ter sido inaugurada há um ano. A gente tem colocado isso nas redes sociais e na Câmara”, frisou. O vereador também já solicitou patrolamento de estradas e melhorias no atendimento médico para a comunidade rural de Nova Descoberta, uma de suas bases eleitorais, e de localidades dessa região.
Nota
Sobre a permanência no MDB, Elismar afirmou que só pode ter um posicionamento mais definido com a abertura da janela partidária, que ocorre seis meses antes das eleições (neste caso, em abril de 2020). “Política é muito dinâmica”, desconversou. Sobre o fim das coligações proporcionais para o ano que vem, o vereador acredita que isso não fará muita diferença, pelo menos em relação ao seu partido, o qual em 2016 coligou-se apenas com uma legenda, o PHS do vereador Elias Jardim. A coligação dos emedebistas assegurou, além de Elias, a eleição de Paulo Valgueiro e a reeleição de Major Enfermeiro e do próprio Elismar.
Quanto à majoritária, o vereador destacou que atualmente caminha com Lucas Ramos, mas foi cauteloso em afirmar sobre apoios, uma vez que Petrolina poderá ter pela primeira vez um sua história uma eleição em segundo turno para prefeito e Lucas tem conversado com Lossio. Além disso, há também o nome do atual presidente do IPA, Odacy Amorim (PT), que pleiteia mais uma vez a condição de disputar a prefeitura e integra o bloco oposicionista. “É um quadro que ainda está indefinido”, justificou. Sobre o Governo Miguel Coelho, Elismar reconheceu avanços nos últimos três anos, mas afirmou que precisa melhorar em itens como a saúde pública e educação. “Daria uma nota 6”, finalizou.
Para JL certamente ele daria 10. Kkkk
Rapaz eu não sabia que esse cara e vereador.