“Quanto vocês acham que cabe de tecnologia numa semente?”. A pergunta foi feita por Marijke Daamen, líder de Operações de Desenvolvimento de Produtos da Unidade da Bayer em Petrolina, ao final da visita de um grupo de jornalistas à empresa, localizada no coração do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho. A resposta para o questionamento de Marikje é simples, diante de uma poderosa logística implantada pela multinacional no mais importante município do Sertão pernambucano.

Durante toda a manhã de sexta-feira (10), a comitiva de jornalistas percorreu todos os setores da unidade e se impressionou com o que viu. Com mais de 30 unidades que a companhia mantém no país, a Bayer foi a primeira multinacional a se instalar no município, em 2010. A missão da Bayer nesse rincão do Estado é focada num centro de pesquisa em milho e soja.

A unidade de Petrolina é considerada fundamental na estratégia de inovação da Bayer e ratifica o pioneirismo da empresa em busca de ciência de ponta na agricultura. Todas as sementes dessas culturas, quando aprovadas após delicados processos de estudos e análises, seguem para ser comercializados nos potenciais centros produtores do país.

Atualmente existe, inclusive, um trabalho de pesquisa da Bayer voltado para um tamanho menor dos pés de milho, a fim de evitar que vendavais provoquem prejuízos aos agricultores. Com um padrão de tamanho abaixo do convencional, os milharais teriam uma capacidade maior para suportar a força dos ventos. O detalhe é que o milho de baixa estatura, que poderá vir a ser produzido após a pesquisa, tem menor concentração de hormônio, mas sua estrutura genética não muda.

Outro destaque apresentado durante coletiva de imprensa da Bayer relaciona-se aos estudos para fortalecer a cultura do algodão, tradicional no Interior da Bahia (em especial no extremo oeste) em relação a pragas. Aliás, esse é um dos focos da unidade da Companhia, associação à alta produtividade e qualidade dos grãos. “Buscamos um melhoramento genético de precisão. Por este motivo Petrolina foi a escolhida (para abrigar a unidade)”, explicou Ramiro Ovejero, líder de Manejo de Resistência de Plantas Daninhas da Bayer.

Foto: Blog do Carlos Britto

Investimentos

Se a estrutura operacional da empresa no município sertanejo impressiona, os investimentos também não ficam atrás. Desde quando foi inaugurada, há 12 anos, a unidade da Bayer vem recebendo vultosos recursos em expansão e aprimoramento. Em 2019,um ano antes da pandemia de Covid-19, foram 24 milhões de Euros (o equivalente a quase R$ 125 milhões), que servirão para agilizar o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias inovadoras para o país.

Por falar em pandemia, o coronavírus não interrompeu o trabalho da unidade em Petrolina. “Não houve contaminação interna e, nesses últimos dois anos também não houve acidentes”, informou Marikje. Trabalham no centro de pesquisa da Bayer no Sertão cerca de 700 funcionários. Esse número pode chegar a mil, a depender do momento da safra.

Foto: Blog do Carlos Britto