O dirigente do Movimento dos Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jaime Amorim, enaltece neste artigo a liderança que a vereadora e pré-candidata ao Governo do Estado Marília Arraes (PT), vem consolidando em pouco tempo de vida pública, o que para ele já torna Marília num “fenômeno”.
Confiram:
De onde vem essa liderança, esta força que está se apresentando como candidata a governadora de Pernambuco, Marília Arraes? Aqui não vamos falar da sua origem familiar, ou do seu histórico pessoal, mas é certo que as suas qualidades ajudam no processo: é jovem, se comunica bem, preparada, inteligente, disposta para o trabalho, além, é claro, da herança política importante da história de Miguel Arraes.
Mas, vamos falar da força do seu protagonismo que surgiu recentemente como importante liderança dentro do PT, de organizações sindicais e movimentos sociais. Para entender quem é Marília, é importante compreender o surgimento de sua liderança recente, sem deixar de lembrar que Marília é vereadora do Recife em seu segundo mandato, portanto, politicamente experiente. Além disso, é importante lembrar que Marília participou dos enfrentamentos que a classe trabalhadora travou nos últimos anos: em 2014 na eleição de Dilma, onde em Pernambuco a militância fez a diferença, quando ninguém acreditava que era possível a vitória.
Esta mesma militância dos movimentos sociais protagonizou, logo em seguida, as batalhas de resistência contra o impeachment de Dilma, seguiu-se a luta contra o Golpe, depois as lutas de resistência contra a condenação de Lula, as grandes batalhas contra a PEC 55, contra a Reforma Trabalhista e, principalmente, contra a reforma da Presidência que mobilizou e vem mobilizando milhares de militantes, e culminou com a greve geral em 28 de abril, após várias paralisações ao longo de 2016 e 2017. Neste processo conseguimos unificar os movimentos sociais na luta do Fora Temer, pelas Diretas Já! E na construção da Frente Brasil Popular.
Foi neste processo de construção da unidade dos movimentos, das mobilizações de rua, que Marília Arraes cumpriu um papel importante com sua participação e capacidade de mobilização e articulação. Portanto, a projeção de Marília para governadora resulta das ruas, da construção neste último período histórico de crescentes mobilizações populares, da unidade da esquerda.
Outro processo importante foram as eleições para prefeito na cidade do Recife, quando Marília é reeleita vereadora pelo Partido dos Trabalhadores e na sua participação na disputa do segundo turno com João Paulo. Foi uma disputa travada praticamente com a força da militância, do PT e dos movimentos sociais, e aí novamente aparece a força de Marília Arraes convocando e mobilizando a militância do PT e militantes sociais.
Marília assume o comando da militância e passa a configurar, junto com João Paulo e Silvio Costa Filho, candidatos a prefeito e vice-prefeito, como protagonista da disputa eleitoral. Foi nesse processo que o PT, embora não tenha vencido as eleições, mas faz 38% dos votos da capital em uma disputa completamente adversa, que Marília efetivamente se coloca como importante liderança na defesa do PT e na defesa da candidatura de João Paulo, coordenando o processo internamente no PT, e aos poucos sendo reconhecida como petista pelos próprios petistas e, nas ruas, construindo a mobilização até o último minuto do fechamento das urnas.
Podemos dizer que as ruas, nesse processo de resistência dos últimos anos, construíram várias e novas lideranças dos movimentos sociais, do movimento sindical, estudantil, como o Levante Popular da Juventude e lideranças dos partidos de esquerda. Marília começa a se destacar como uma liderança forte, importante, como normalmente se ouve dizer. A liderança política de Marília hoje é fruto das mobilizações das ruas e de um processo recente de resistência coletiva contra o golpe, vem da rua e vem dessa militância a força e o fenômeno de Marília Arraes.
Internamente no PT ela assume a bandeira da candidatura própria para fechar uma lacuna aberta dentro do partido, que vem como uma ferida desde as eleições para governador de 2014, com a forçada aliança com Armando Monteiro. Ela protagoniza essa bandeira contra alianças para a disputa de 2018 com o atual governador do Estado Paulo Câmara, ou ainda com Armando Monteiro. A militância do PT e a militância das ruas passaram a se colocar contrárias a qualquer tipo de aliança que vá contra a construção do projeto popular para o Brasil, que está sendo construída coletivamente com todas e todos que resistem ao golpe.
Justamente porque não era possível entender que todo esse processo de resistência nas ruas feito nestes últimos três anos (quando de um lado estava o povo e do outro lado os golpistas), desaguasse em uma frustrada aliança com aqueles que apoiaram o golpe de 2016.
Nos últimos meses, a candidatura de Marília se consolida na Região Metropolitana e no Interior do Estado, com as muitas visitas que a pré-candidata está realizando para dialogar com a militância e com a população. É claro que não vamos entrar no mérito do Partido dos Trabalhadores, mas é necessário que seja definida imediatamente a questão de Marília como candidata do PT para ir construir novas alianças, construir uma bancada de deputados estaduais, federais, senadores, que possa ajudar nesse processo de disputa e estratégia de campanha.
Podemos afirmar que hoje Marília se constitui como um novo fenômeno, nova liderança no processo de renovação política e foi esse processo que a projetou. A candidatura de Marília Arraes a governadora de Pernambuco está sendo construída junto com diversas forças e movimentos sociais, ao mesmo tempo estão colaborando para a construção do Programa de Governo com todas as categorias.
Por fim, a militância que está envolvida neste processo está apostando na campanha de Lula a nível nacional para presidente, e de Marília Arraes no estado de Pernambuco. A mesma não é candidata somente do Partido dos Trabalhadores, a proposta de sua candidatura está muito ampliada. Ela é candidata pelo PT, entretanto é também a candidata da Frente Brasil Popular, do Levante, da Consulta Popular e da maioria dos movimentos sociais e sindicais do estado de Pernambuco. Portanto, pedindo licença para o Partido dos Trabalhadores por essa manifestação, mas é importante dizer que a construção da candidatura de Marília Arraes está muito além do Partido dos Trabalhadores.
Jaime Amorim/Direção do MST-PE
Quem é este (MST) para enaltecer alguém no Brasil,uma das coisas mas sem futuro sobre a terra,quem recebe apoio deste povo tá lascado não sai do lugar.
Marília não será julgada nesse momento, mas está tudo contra ela.
Está no lugar errado, na hora errada.
O comentário acima, parte de uma fonte que não tem respeito pela propriedade privada, que está relativamente enfraquecido(MST), pois a fonte secou. Dinheiro de governo petista e país quebrado, enfraqueceu o movimento.
Outro senão, é que ela pertence aos quadros do PT.
Mais do que nunca ter a obrigação de levar nas costas uma candidatura de Lula, condenado em segunda instância por corrupção, não é algo desejável hoje, a nenhum candidato.
Boa sorte Marília. Você vai precisar.
grande coisa dirigente do mst. perguntar não ofende qual a participação do mst no pib brasileiro o que esses bando de bardeneiros só invade propriedades dos outros.
jogo de cena um sem terra homenagiando um petista .a única coisa que ela tem de diferente é a beleza.
E quem disse que um elogio vindo do MST é algo bom? Ao contrário. Ela pode ter qualidades, mas está no partido errado e com os movimentos errados.