O caso de um suposto estupro envolvendo uma menina de sete anos continua provocando revolta em Uauá (BA). Em artigo enviado ao Blog, o leitor Aquila Almeida não só lamenta o ocorrido, como também critica a banalização e a insensibilidade humana diante de casos como este. O fato, que aconteceu no último dia 18, teria sido praticado pelo avô paterno da criança.
Acompanhem:
Era uma tarde de sexta-feira quando ecoou pela ruas da cidade a notícia sobre um suposto estupro que teve como vítima uma pequena garotinha de seus tão poucos e tenros sete anos. Após tomar ciência dos fatos, não pude deixar de me render ao espanto estarrecente, tamanha a bestialidade, tamanha a crueldade, tamanha a covardia. Deveras ainda me surpreendem as cruezas e vilidades costumeiras do mundo. Paro. Emudeço.
Estilhaço em espasmos doídos e intermitentes. Naufrago em cólera. Angústia. Raiva. Indignação. Quão torturante é conjecturar sobre os fatos e sua sucedência. Quão torturante é imaginar a nossa pequena e imaculada vítima sendo submetida aos degradantes atos do seu suposto algoz com toda sua volúpia e seu despudor e sua asquerosidade e sua covardia e sua sanha necessidade de satisfazer aos seus mais bestiais instintos sexuais. A ele, suponho, nada importava, nem mesmo a pouca idade da vítima e sua meninice e sua fragilidade e sua candura. Nada. Meu Deus!
Só de em nisso pensar todo o meu corpo se punge. E choro. Choro de manso e por dentro. Choro a dor da menina. E não dela apenas. Choro as dores de todas as outras que também foram vítimas de igual covardia. Choro por todas as que tiveram s uas infâncias roubadas. Por todas as que tiveram seus corpos infantes violados. Por todas as que retraídas e impingidas de medo sequer conseguem balbuciar seus soluços de dor. Choro por todas as que tiveram suas almas mutiladas. Choro seus dramas e traumas. Choro também nossa omissão. Nossa indiferença. Choro a nossa incapacidade de irresignar-se ante o que nos choca e o que nos horroriza. Choro a ausência da indignação coletiva ante o caso.
Choro o falso isentismos dos que escolhem ao seu bom alvedrio o que deve ou não virar notícia. Choro o nosso silêncio estatelante e seus intermináveis ecos. Choro a mudez de nossa voz.
Aquila Almeida/Leitor
O mais absurdo de tudo isso é o Sr. Aquila Almeida escrever esse seu comentário sobre um caso que nem cometário deve ter por ser tão rude e cruel. Aquila se você faz uso das famosa “sopa de letrinha” respeite pelo menos a dor da família envolvida em mais um episódio bestial. Use a sua “inteligência intelectual” para o bem das crianças da comunidade que você vive, procure uma praça e faça leituras e ensina as crianças um pouco do que você sabe, mas será que sabe mesmo??
A forma de se expressar é válida, pois foi dessa forma que conseguimos levar a público essa crueldade, onde alguns ditos meios de comunicação de nossa cidade “Uauá” se recusaram, pelo fato de pedirem para abafar o caso.
Áquila deu voz aos que se silenciam, aos que têm medo de denunciar, aos que sofrem com tamanha crueldade, violência.
Quer dizer que a denúncia – muito bem escrita pela Áquila- deve ser proibida? Devemos calar e sucumbir às barbáries contra nossas crianças e mulheres? Calar amenizará ou findará a dor dos envolvidos?
Enquanto a sociedade estiver preocupada em ocultar fatos, a honra, a dignidade e a vida, de minorias desprotegidas, serão massacradas.
Erika e Indira, não devemos deixar de denunciar nada, mas o que eu realmente condeno e o sensacionalismo que TODAS as mídias fazem sobre crimes, tráfico, estupro e hoje o mais recente as violências dos Black Blocs, se gasta um tempo enorme na mídia divulgando VIOLÊNCIA EM GERAL, se esse tempo fosse usado para ENSINAR a como se precaver/evitar a VIOLÊNCIA seria muito melhor. Vocês já viram, leram ou ouviram algum programa em TV/Rádio ou Net alertando as crianças e adolescentes se precaverem? Não, nunca fizeram e não vão fazer. Mas em compensação todos nós assistimos shows, novelas e etc etc onde os JOVENS de “HOJE” fazem de tudo, podem tudo.
Aquila querida,, li seu grito de indignação….não desamine continue assim,,, não
deixe que fatos como esse anestesiem sua capacidade de revoltar-se, de de
Incomodar os que preferem fechar olhos e ouvidos para não serem pertubados
pelo choro contido da alma de uma pobre criança esmagada tão precocimente pela
bestialidade do ser humano.
Lembra dos seminarios na faculdade sobre Psicologia júridicas quando
alertávamos pra as feridas da alma?! pra estas não há sanativo na industria
farmaceutica….estarão para sempre escaldantes nesse inocente coraçãozinho.
Volto aos nosso serões após as aulas quando muitas vezes diante de fatos
análogos ao que vc narra ficava eu vezes a gritar, vezes a sussurrar fragmentos da
revolta do poeta Castro Alves”: Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?”
Amiga , lhe conheço bem demais para saber o quanto lhe revolta acontecidos
como este , para saber tambem que vc é dessa estirpe de gente capaz de ler
historias pra crianças….cantar doces canções que amenizam a dor alheia quer seja
de adultos ou de crianças.
E pra vc Rogerio Espindula, louvo sua atitude de acordar a socciedade letárgica,
mas saiba que Áquila é um elemento importante nesse mister… o mundo contará
sempre com ela na busca por uma sociedade onde criancinhas possam ser
acalantadas no colos de avós carinhosos …humanos!!!!.
tem que divulgar mesmo,pois a mídia de Uauá,nada faz.
Você se engana Rogério, casos como estes devem sim ser amplamente divulgados. A mídia instiga, alerta e mobiliza. O fato é cruel, horrendo, nos choca e é exatamente por isso que não devemos silenciar. Enquanto nos calamos, mais e mais garotinhas e mulheres são feitas de vítima por esses humanos desumanos.
Precisamos sim alertar essa sociedade que sossega letárgica, que a nada se espanta. Ainda mais pq o estupro não é apenas só mais um caso de violência como você diz, mais que isso, é reflexo e expressão da subjugação histórica da mulher ao homem, é parte funcional do patriarcado em toda sua história, do machismo, desse machismo que não só estupra, mas também fustiga e mata.
Num dos seus comentários li você pontuar que a mídia precisa ensinar nossas meninas e mulheres a se prevenirem e se protegerem. Sua indagação nada mais é que a reprodução, repetida diga-se de passagem, de conceitos velhos, retrógrados e machistas que continuam a alimentar o estigma de fragilidade de nós, mulheres, que nos coloca numa posição de indefesa e vulnerabilidade. Ora, você diz que devemos ser ensinadas a nos proteger, e te questiono a quem incumbiremos a missão de ensinar os ‘machões’ a não estuprarem?
E um tanto pior – já que você foi incisivo com a pergunta – nesse caso especial, teríamos mesmo que ensinar nossa pobre vítima a se proteger de alguém que por consequência natural deveria protegê-la?
Sinto muito, se pra você, minhas palavras foram só ‘sopinha de letras’ ou balela. Pensando assim, você é só mais um desses cuja opinião, a gente simplesmente descarta.
Adorei! Querida,simplesmente pessoas que criticam exemplos como os seus São simplesmente pessoas fracas,sem coragem nenhuma de lutar ou divulgar o que se passa em nosso mundo ou cidade,por isso que cada vez
crescer crimes em nosso país! Parabéns pelo incentivo de desabafo e indignação.
valeu aquila almeida ate quer em fim naceu uma arvore de bom frutos comenta mesmo pois q sabe desta dor e quem passar sab pq ai em uaua so tem gente para qriticar mais para reajir nao defenda mesmo nossa cidade precisa de talentos como os seu bj fcd
Te aplaudo,me orgulho,e mim emociono com suas palavras,a Sr. tem toda a razão,quem vai abafar ou esconder dos olhos,da alma dessa criança a dor e o trauma que mesma jamais irá esquecer.
Querido Rogério Espíndula,
Usar a “inteligência intelectual” é acima de tudo estar atendo aos problemas que norteiam a sociedade, divulgando-os. Seria Áquila Almeida, ignorante se oculta-se um barbaridade como essa. Poupe-me desse seus argumentos desfundamentados de humanidade. Contar histórias por contar, toda escola faz. Projetos sociais é o que mais o governo “investe”, mas fundamentam-se em que? Sua proposta Espíndula, não passa de uma das balelas daqueles que propõe mudar o mundo. E pelo amor de Deus, contando histórias na praça?! Você acaba de infligir a literatura infantil. Recomendo ao senhor que reveja seu conceitos de sabedoria e inteligência. E mais espelhe-se em Áquila, faça valer a pena ao menos ler as próprias palavras que escreves. Parabéns àqueles que não ocutam um crime como esse. Queremos Justiça!
Fico muito feliz Àquila Pela sua contribuição nesse caso ,não a conheço pessoalmente, mas posso dizer que a sua consciência o seu trabalho e principalmente a sua inteligência incomoda algumas poucas pessoas ,mas acredite essas pessoas bem como suas opiniões, como você afirma em seu comentário são descartáveis .Parabéns ! Não só pelas bem escritas e pertinentes palavras ,mas pela sua sensibilidade social e humana.
* Áquila Almeida, suas palavras de indignação soaram muito forte e muito longe. Esse discurso jamais será uma “sopa de letrinhas”, pois essa não é somente a sua voz, mas a voz dos inconformados com essa “normalidade” dos absurdos; a voz das pessoas que acreditam que ainda é possível se libertar dos emaranhados sociais cuja cultura impregnada de valores patriarcais ultrapassados propaga e aceita sem questionar.
*De fato, nós mulheres, não deveríamos aprender a nos proteger, pois “supostamente” vivemos em um mundo civilizado. No entanto, é o que nos resta diante de uma sociedade que muitas vezes culpabiliza suas vítimas (mulheres) através do seu comportamento, vestimenta, etc. Somos livres, conquistamos liberdade e podemos nos vestir e nos comportar como bem entendermos e isso não confere a ninguém direito de nos invadir, nos estuprar!
*Em se tratando de criança, de família, Sim à denúncia! Sim ao grito!! Certamente este caso representa a inocência interrompida, os choros abafados e o medo de tantas outras vítimas de tão horrendo e tão comum (infelizmente) crime brutal!
coitadinha dessa menina ,um trauma p toda a vida.calar pq? é por calar q muita coisa ruim acontece.esse senhor é um covarde mesmo.
esse Rogerio só pode ser mais um piscopata pra ta criticando Aquila.vamos denunciar mesmo minha gente.Chega de se calar..É PRA FRENTE Q SE ANDA BRASIL.contar historinhas em praça,faz me rir vc deve fazer isso pra chamar a atenção das crianças não ,ou será que da balinha.mostrar a realidade expor nosso sentimentos de repudia a isso e mostrar pro mundo o quanto sentimos pelo sofrimento da humanidade que de forma desenfreada vai em direção ao abismo.só Latento por pessoas assim de mente pequena.é por essas e outras que a sociedade estar assim.em plena escuridão.
Me emociono ao ler todas as suas palavras ao falar sobre esse assunto, muito me admira alguem vir aqui subjulgar ou melhor dizendo julgar um grito que sai não tão somente de teu seio mais como o de toda a população. Imagino como ta a cabecinha dessa criancinha tão inocente, e por saber que tal atitude partiu de uma pessoa a quem lhe e proposto maior segurança. Não acho que cabe somente a midia divulgar e alertar, mais principalmente deve se partir de dentro de casa, dos pais e maes que como eu cuidam e zelam pelo bem estar de nossos filhos. Não quero nem imaginar a dor que essa mae deve estar sentindo nesse momento. Afinal imaginar seria me imaginar, e sinceramente nao concigo me imaginar. Bato palmas pra ti em pé Aquila Almeida belas são as tuas palavras.
Rogerio Espíndula:
Será que esse homem tem filhos,ou melhor,filha??!!!!! Meu Deus,quanta falta de sentimento ,sabe ?´estamos falando de uma criancinha indefesa…sera q se fosse sua filha,como sera q vc reagiria diante disso td?? eu sou da família,e fiquei muito feliz por ter alguém que se sensibilizou com o fato …PARABENS Aquila Almeida,fica o meu agradecimento em nome de toda família dessa pequena criança….um bjão carinhoso……
Nos todos da familia so queremos que a justiça seja feita,