Além do caos na saúde pública, a rede privada de Petrolina também tem sido alvo de críticas da população. Neste artigo enviado ao Blog, o ex-vereador Padre Antônio Moreno relata os absurdos que sofreu ao buscar atendimento de emergência em dois conhecidos Hospitais particulares da cidade.
Acompanhem:
A humanização é o processo fundamentado no respeito e valorização da pessoa humana, que visa à transformação da cultura institucional por meio da construção coletiva de compromissos éticos e de métodos para as ações de atenção à saúde e de gestão dos serviços. Sua essência é a aliança da competência técnica e tecnológica com a competência ética e relacional. Pensando assim, afirmamos que não podemos mais nos omitir diante do que acontece com grande parte da população que busca os serviços médicos em nossa cidade todos os dias.
Procurei os serviços médicos no setor de emergência de dois hospitais com um problema no cotovelo esquerdo. Na quarta-feira (05), depois de consulta a uma médica, fui orientado a procurar um médico ortopedista, o que fiz na quinta-feira. O médico atendeu-me e pediu que voltasse na sexta-feira da próxima semana.
Na sexta-feira o problema voltou e procurei a Emergência do Hospital Neurocárdio. Cheguei ao Hospital às 12h. Às 15h tive que sair para resolver um problema em casa, já que pensara antes que um atendimento de emergência deveria ser realmente de emergência. Voltei à tarde e só fui atendido exatamente às 18h.
No atendimento da emergência do hospital Neurocárdio, os médicos não podem dar importância para a demora do atendimento. São os hospitais e clínicas que não oferecem as condições necessárias para que o médico desempenhe bem as suas tarefas.
O que ouço sempre é que no Memorial não havia ou não há médico de plantão. Como os dois hospitais são de propriedade de um mesmo grupo e se o atendimento se concentra em um, claro só pode haver uma concentração grande de pessoas com uma demora no atendimento exorbitante.
Reduzem-se os custos, mas desumaniza-se o atendimento.
Se o fluxo é grande, bastaria escalar mais um plantonista.
A falta de respeito à dignidade da pessoa humana chegou ao cúmulo do absurdo quando, na segunda-feira, por indicação de um médico que considero amigo, procurei o médico Eduardo Borges, para analisar o problema do sangramento do cotovelo. Depois dos procedimentos burocráticos na recepção, justiça seja feita, foi de ótima qualidade, fiquei a esperar o atendimento, que infelizmente não aconteceu.
As 17h55 o médico sai e simplesmente anuncia que não vai atender, porque recebeu uma ligação de um hospital, dizendo que me atenderia em outra oportunidade. Mesmo a atendente dizendo que eu estava a esperar, ele simplesmente foi embora. Se o hospital ligou ou não, não vem ao caso.
Se o referido médico ia atender a um paciente no hospital, ali estava diante dele outro paciente que, por uma necessidade, estava naquela clínica àquela hora, pois somente um problema preocupante me levaria a estar àquela hora em uma clínica; não era uma questão de estética ou consulta de rotina. O médico sequer se preocupou em procurar saber se o problema era urgente, procurando tranquilizar-me, dizendo o horário exato para o atendimento posterior.
Alguns profissionais da saúde precisam tomar consciência de que estão a tratar com gente, com pessoas, com vidas que merecem ser tratadas com respeito, e não tratar os pacientes como alguém desprovido de dignidade e de cidadania, como se pelo fato de precisarmos de seus serviços, sejamos obrigados a aceitar passivamente qualquer tratamento, qualquer atitude ou postura frente aos pacientes. Exigimos respeito, cuidado humano e ética. Afinal, onde fica o juramento feito na formatura?.
Padre Antonio Moreno/Ex-vereador de Petrolina
Infelizmente a saúde em Petrolina virou um varejão. Os médicos tratam os pacientes como se fossem mercadorias, com o único objetivo de dar lucro. Nem bois sendo preparados para o abate tem um tratamento tão desumano.
Padre, a maior parte deles faz o juramento de “Hipócritas”.
VERDADE PE ANTONIO, PETROLINA É A BANDEIRA DO BRASIL , FALTANDO AQUELAS DUAS PALAVRAS IMPORTANTES, ORDEM E PROGRESSO , AQUI ESTAMOS DOENTE E ADOECEMOS MAIS PELA FALTA DE ÉTICA DE MORAL E DE COMPROMISSO DESSES MÉDICOS QUE SE ACHAM REIS.
Constatei esse descaso no Neurocárdio com duas pessoas conhecidas, quinta-feira (06.06.13) às 13h. Quando cheguei para saber de uma que já esperava há mais de 2h na emergência, me deparei com a outra sentada em uma cadeira com mais de 1h de espera. Ambas desassistidas pelo médico plantonista. E fiquei horrorizada com o que vi. Um absurdo!!!!
Essa é uma grande verdade, eu mesmo cheguei ao Hospital Neurocardio com crise renal, às 23:00hs. e só fui atendido às 05:00hs. do dia seguinte. E ao reclamar a enfermeira , ela me disse que poderia procurar outro Hospital. É uma falta de respeito.
NÃO TENHO PLANO DE SAÚDE E USO O TRAUMAS. SEMPRE FUI BEM ATENDIDA LÁ, EMBORA MEU CASO NUNCA TENHA SIDO FRATURA
GEANE,
É MAIS UM AGRAVANTE, AQUI SE FALA MUITO DO ATENDIMENTO NOS HOSPITAIS PÚBLICOS, MAS ÁS VEZES, EMBORA DEMORANDO, SÃO BEM ATENDIDOS POR ALGUNS MÉDICOS. O PIOR É QUE NA CLINICA PARTICULAR DO MÉDICO CITADO, FIQUEI A ESPERAR, ELE SAIU DO CONSULTÓRIO, DISSE QUE NÃO IA ATENDER E FOI EMBORA. ISSO DEPOIS DOS PROCEDIMENTOS BUROCRÁTICOS PARA O ATENDIMENTO E DE EU TER FICADO A ESPERAR. SE QUER PERGUNTOU QUAL ERA O MEU PROBLEMA
Como disse o Maurício Menezes, eles fazem o juramento de “Hipócritas” e depois jogam na lata do lixo, pois o vil metal é muito mais importante que o ser humano.
Que venha os médicos estrangeiros, pois com a oferta de profissionais, os daqui vão aprender a ter humildade rapidinho.
Infelizmente isso acontece todos os dias e todas as horas. Os médicos pouco se importam com quem está a espera deles para fazerem uma consulta. E não lembram eles que eles vivem as nossas custas. Isso é lamentável.
HÁ ALGUNS MESES MINHA MÃE ENTROU LÁ COM UMA CRISE RENAL E SAIU NOS BRAÇOS QUASE MORTA, RETIRAMOS A FORÇA DO NEUROCÁRDIO E LEVAMOS PARA O HOSPITAL DA UNIMED EM JUAZEIRO, ENTREI EM CONTATO COM CANCÃOZINHO MAS ELE ESTAVA EM SANTA MARIA DA BOA VISTA A TRABALHO, FOI A PIOR COISA QUE ME ACONTECEU NA VIDA. MEU PLANO É NM (QUE CHAMO HOJE DE NECROTÉRIO E MATADOURO) UM MÉDICO NO MES PASSADO UM BOLIVIANO PLANTONISTA CHAMADO EDGAR ATENDEU AS PESSOAS QUE CHEGARAM ÀS 10:00H SÓ ÀS 14:30 DA TARDE E DISSE AINDA: SE NÃO TIVER PACIÊNCIA PODE IR EMBORA. A RECEPCIONISTA MANDOU PROCURAR OUTRO HOSPITAL ALEGANDO QUE LÁ ESTAVA CHEIO QUANDO ENTREI PRA VER NA URGÊNCIA NÃO TINHA MAIS QUE 02 PESSOAS, SÓ BIRRA DO MÉDICO ATENDER.
CAOS, CAOS, CAOS O NM PRECISA SER FISCALIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO EM AUTUADO. CADÊ AS AUTORIDADES DA SAÚDE.
MINHA FILHA CAIU NO E MACHUCOU O PULSO SEM CONSEGUIR MOVÊ-LO, O MÉDICO OLHOU E DEU UM COMPRIMIDO DE DIPIRONA. NO OUTRO DIA LEVEI PARA O TRAUMAS APÓS ESPERAR QUASE O DIA TODO, O MÉDICO IMOBILIZOU E PASSOU ANTI-INFLAMATÓRIO POR 15 DIAS. OUVI DIZER QUE O NEUROCÁRDIO É DO PREFEITO? ALGUÉM OUVIU FALAR NISSO?
Tá mais do que na hora da comunidade petrolinense se rebelar contra os abusos desse tipo de atendimento médico em nossa cidade. É reconhecida a falta de compromisso e o descaso dispensados a quem precisa desse atendimento. Grassa na cidade uma opinião que já se tornou corriqueira e que diz que hospital bom em Petrolina tem nome de Aeroporto.. Isso é vergonhoso para uma cidade como Petrolina. Portanto, a sociedade petrolinense precisa abrir os olhos e a voz para denunciar esses casos. Quero aqui deixar claro que não falo de forma geral porque ainda temos médicos qualificados e humanizados e para esses tiro meu chapéu. Tiro meu chapeu para o trabalho do SAMU, para os médicos intensivistas e mesmo para tantos outros. Mas outros… sinceramente… precisam retornar a Universidade. Minha família foi vítima, no final do ano passado, de uma perda por desconhecimento, descaso e indiferença dos médicos à real situação de uma criança de sete anos que foi a óbito de forma lamentável. Médicos da Rede Particular chegaram a humilhar os pais quando esses pediam socorro à meia noite para a filhinha (minha sobrinha) que arrancava os cabelhinhos de dor de cabeça. ISSO É MONSTRUOSO! Nossaa família ainda chora a perda. O caso está entregue nos Conselhos médicos. Continuamos na espera de que os devidos culpados sejam de fato punidos pela justiça. ACORDA PETROLINA!
que venham os cubanosssssssssssssssss,pra mostrar como se trabalha,hahaha
QUE VENHAM OS CUBANOS,PRA MOSTRAR COMO SE TRABALHA,HAHAHA
Pe. Antônio, perfeita as suas colocações. Procurei urgência nos dois hospitais de referência em Petrolina e ficaram enviando-me para o Neurocárdio e Memorial, como se eu fosse uma mercadoria com validade vencida. O número de médicos são reduzidos para os pacientes que tem plano de saúde. Sem falar na pediatria, que só existe atendimento de urgência em dois hospitais, amigos meus com seus filhos doentes não suportando a demora foram para o IMIP e tiveram um ótimo atendimento. O atendimento particular está um caos, a população tem que reclamar mesmo. Marcação de consulta, se for determinadas especialidades como: ginecologia, neurologia, dermatologia e endocrinologia é de 30 a 90 dias. Veja as filas com estão se formando em algumas clínicas, o paciente tem que ir em determinado dia para marcar suas consultas, pois as agendas são abertas por cinco dias, palhaçada um negócio desses. Ouvi no rádio um senhora reclamando que levou 30 dias para ser atendida por um endocrinologista na saúde pública, digo pra ela que é um absurdo, mas na área particular tá muito pior é de 90 dias. O GOVERNO TEM MESMO QUE IMPORTAR MÉDICOS DE CUBA, BOLÍVIA E OUTROS PAÍSES.
Gostaria, mesmo que criando um polêmica, de fazer a diferença entre EMERGÊNCIA MÉDICA e URGÊNCIA MÉDICA.
Urgência Médica, resumidamente, é a situação clínica ou cirúrgica que requer atenção médica o mais precoce possível devido a possibilidade agravamento ou evolução desfavorável no estado de saúde do paciente. . É UMA CONDIÇÃO MÉDICO-CLINICA, NÃO UMA NECESSIDADE DETERMINADA POR OUTROS FATORES NÃO MÉDICOS.
Emergência médica, o agravo à saúde de início súbito e inesperado que põe em risco a vida do paciente; risco de morte iminente se houver a intervenção médica. É uma situação médica, clínica ou cirúrgica, não condicionada à vontade do paciente.
No texto acima, o parágrafo : “Na sexta-feira o problema voltou e procurei a Emergência do Hospital Neurocárdio. Cheguei ao Hospital às 12 h. Às 15 h tive que sair para resolver um problema em casa, já que pensara antes que um atendimento de emergência deveria ser realmente de emergência. Voltei à tarde e só fui atendido exatamente às 18 h.” resta claro que a situação clínica não se enquadra nem como URGÊNCIA CLINICA nem com EMERGÊNCIA CLINICO-CIRÚRGICA. Não havia risco de morte muito menos agravo acelerado à situação de saúde já estabelecida.
Trata-se de caso de atendimento médico especializado ambulatorial, situação raramente encontrável nos PRONTOS ATENDIMENTOS dos hospitais privados, todos de baixa complexidade e sem oferta destes serviços.
Esperava encontrar nos reclames do missivista maior indignação com os rumos dos serviços públicos, estes sim, devem atender às necessidades de toda a comunidade, já que tem financiamento público, diferentemente da rede privada.
Saúde Padre Antônio. Boa recuperação!
Jaime Moura,
Seja emergência, seja urgência, seja consulta, seja que atendimento for, o médico tem que respeitar o paciente, pois tem diante dele uma pessoa humana que buscou ser atendido com respeito e cuidado humano. Sua explicação em nada contribuiu para enriquecer o debate, pois comecei falando dos fatos e do modo como se é atendido seja em hospitais, seja em clinicas particulares, para tratar da questão da humanização da saúde ou da medicina. Essa é a questão fundamental que muitos médicos precisam aprender, pois isso independente de ser emergência, urgência ou atendimento médico ambulatorial especializado. Procurei o atendimento no hospital pelo fato de, como o leitor intitulado P3 colocou, marca-se uma consulta para 30, 60 90 dias ou mais. Já havia procurado um hospital com um problema que apareceu de repente e inspirava cuidado, consegui a consulta com o especialista indicado, este havia feito um procedimento que, segundo ele, deveria voltar apenas na próxima sexta-feira, depois de amanhã. Se prestou atenção o senhor leu que tive que ir mais duas vezes ao Hospital para repetir o procedimento. Portanto, não falei em perigo de morte, o certo é que deveria ser atendido sim, tanto que os médicos me atenderam. Se o senhor acha certo, bom e digno submeter um paciente a 3, 4, 5 horas em uma fila seja de hospital, clínica, emergência, urgência seja o que for, a população que busca atendimento médico não acha. E ninguém deve ser mal atendido como muitos outros comentários atestaram aqui. Falei inclusive que o tempo de espera no Hospital não é culpa dos médicos, mas da gestão que não disponibiliza mais médicos para atender a população e citei inclusive o comentário que escuto de que os dois hospitais do mesmo proprietário, deixa médico de plantão apenas em um, claro que só podem haver concentração de paciente e demora no atendimento. Essa é uma questão de gestão, de redução de custo e aumento de lucro em detrimento do bom atendimento. O outro mais difícil de ser resolvido está na maneira de tratar o paciente como se nós fôssemos objetos, coisas. Somos seres humanos e devemos ser atendidos com respeito e dignidade. O senhor ouviu muita indignação em muitos comentários a partir do meu texto e poderia ter respondido, esclarecido ou dado uma explicação mais convincente, pois explicar os termos apropriados não vem ao caso, pois não se trata apenas de tempo de espera, mas da maneira como somos tratados por alguns médicos e hospitais.
Padre (ex vereador) Antonio
Concordo com o senhor que pacientes com males físicos ou psicológicos (muito mais graves que os físicos pois somatizam) devem ser tratados com respeito, eficiência e sobretudo com humanidade. Mas também acho que um veículo tão poderoso como as redes sociais deve ser respeitado e só devemos colocar para todos, fatos e não suposições. O senhor afirma que os dois hospitais particulares são de propriedade um mesmo grupo e por isso só colocam um médico plantonista o que é UMA INVERDADE, Primeiro os hospitais são de donos distintos e segundo a falta de médico plantonista deve-se exclusivamente à falta de responsabilidade de profissionais que concordam com a escala pré estabelecida e na hora alegando os mais diversos motivos faltam ao seu compromisso, Não existe administração que tenha uma “bola de cristal” para prever tais fatos e apesar da UNIVASF estar formando médicos 2 vezes por ano, estes ainda precisam de mais tempo para se especializar e daí a falta de profissionais aptos ou que tenham disponibilidade para cobrir estes furos. Concordo plenamente que a questão financeira é o que norteia muitos dos profissionais médicos e infelizmente o que é a razão principal da maioria da humanidade nos dias de hoje, não excluíndo NENHUMA classe ou credo, muito pelo contrário vemos constantemente as negociatas dos políticos “nossos representantes legais” visando só seu benefício próprio, apossando-se de um dinheiro que poderia ser empregado na saúde, educação, etc. Acredito que com mais educação nosso povo teria condições de fazer valer seus direitos através do voto e também teria mais condições de PENSAR para externar uma opinião fosse para o benefício da comunidade e não só para fazer tumulto!
Esperando sempre por um mundo melhor!
Ainda bem que você concorda no essencial comigo, que os pacientes devem ser tratados com respeito e humanidade, pois esta é essencial de minha posição. A relação médico-paciente. Em relação à sua posição em relação aos proprietários dos hospitais, todos têm direito de expressar o que acham. No entanto, o mais transparente e coerente seria explicar realmente a quem pertencem os dois hospitais em questão. A situação é, no mínimo, intrigante, pois até agora não se sabe dizer com certeza qual é a real situação. Já que você classifica de inverdade deveria esclarecer, não só para mim, mas para a sociedade de Petrolina e região e, sobretudo para os usuários dos planos de saúde inclusive para os usuários do NM que, perguntando a um usuário do mesmo o que significava a sigla, recebi como resposta que era Neurocárdio e Memorial. Talvez esteja ai a origem da confusão. Caberia uma boa explicação, evitando assim mal entendidos. No entanto, você deve saber o que a cidade comenta sobre essa situação. O que você classifica de inverdade é por falta de clareza, pois não haveria essa especulação se tudo fosse feito com transparência . Qual o mal em se saber a quem pertence uma instituição prestadora dos serviços de saúde em nossa região!!!!
É graças a esse poderoso meio de comunicação que temos oportunidade de mostrar nossas justas reclamações, ouvir alguns esclarecimentos, dando inicio a um processo de busca de solução. Não fiz nenhuma acusação grave, apenas expressei uma opinião corrente sobre os proprietários dos dois hospitais que, continua ainda envolta em mistério.
A sua explicação de que a falta de médico plantonista deve-se exclusivamente à falta de responsabilidade de profissionais que concordam com a escala pré-estabelecida e na hora alegando os mais diversos motivos faltam ao seu compromisso só acrescenta um ingrediente que revela a carência de humanização do atendimento médico. E todos sabemos que nenhuma administração tem “bola de cristal” para prever tais fatos. No entanto, uma gestão atenta deve ter uma estratégia para resolver esses casos que, pelo que parece não são raros. Pois há pouco tempo estive em um Hospital às 12h e perguntei se havia médico no atendimento, disseram-me que ainda não havia chegado.
Se estamos de acordo plenamente que a questão financeira é o que norteia muitos dos profissionais médicos e infelizmente o que é a razão principal da maioria da humanidade nos dias de hoje, não excluindo NENHUMA classe ou credo, muito pelo contrário vemos constantemente as negociatas dos políticos “nossos representantes legais” visando só seu benefício próprio, apossando-se de um dinheiro que poderia ser empregado na saúde, educação, etc., vamos nos unir e articular na luta em busca da solução para nossos problemas. Como você também acredito que com mais educação nosso povo teria condições de fazer valer seus direitos através do voto e também teria mais condições de PENSAR para externar uma opinião que fosse para o benefício da comunidade. É o que estamos fazendo, externar a insatisfação diante de um atendimento precário nunca foi tumulto em lugar algum do mundo.
Plagiando BORIS CASOY:QUE VERGONHA,esta atitude de alguem que faz juramento emocionado na hora da colação de grau,puro engodo.
O atendimento de saúde em hospitais particulares em Petrolina está um caos, pior até que na rede pública. Quando vc tem um plano de saúde sem ser o da UNIMED, vários profissionais colocam vc em último lugar ou a espera de dias, mês para atendimento. Quando é particular, ou seja no dinheiro, o atendimento é imediato, vaga q não existia surge como num passo de mágica, tendo prioridade aos que estão esperando já a mais tempo. Vejam o caso da minha esposa, pois ela tem pressão alta, necessitando fazer o ECO, depois de dias de espera para conseguir fazer a consulta, teve que ir a clinica por três vezes até conseguir realizar este exame. Os atendimentos foram desmarcados pelo cardiologista que iria fazer o ECO com a desculpa de que iria fazer uma cirurgia em pacientes que estavam em outro hospital. Ora se minha esposa tem problema de pressão alta e viesse a sofrer um enfarto neste longo período de espera, até concluir os exames, as consequências seriam talvez, irrevesíveis
Sua esposa ão iria morrer pela não realização do ECO! O mesmo foi solicitado para nível ambulatorial e não de emergência ou mesmo urgência! Não vamos fazer um discurso dessa importancia com argumentos descabidos. E outra coisa CRISE RENAL não mata ninguem!!!
Padre Antonio seu caso era ambulatorial e o senhor deveria antes de agir dessa forma analisar o outro lado da moeda… será que os médicos não atendem por que simplesmente não querem…
Será que os cubanos vindo ao Brasil vão de fato resolver os problemas de saúde do Brasil. Medicina não se faz apenas com papel, caneta e estetoscópio… Então repense suas criticas e a de outros desinformados que aqui escrevem…
Bruno, acho que desqualificar os outros como desinformados só empobrece o debate. primeiro podemos até ser bem informados melhor do que muitos com postura como a sua. Pois não estamos debatendo hipótese ou demonstrando conhecimentos. Partimos do que experimentamos no quotidiano de Petrolina daqueles que buscam os serviços médicos. Não se trata agora de mostrar o tipo de atendimento, já disse, se ambulatorial, emergência, urgência ou seja o que for. Trata-se de um debate atual em torno da humanização da medicina, da saúde ou do atendimento médico. Se você leu sem preconceito o meu comentário deve ter visto que defendi os médicos que me atenderam, mostrando que, em muitos casos, a demora deve-se ao fato de ter um só médico no plantão quando a concentração exigiria mais de um. Todos sabemos que medicina não se faz só com esses instrumentos citados por você, mas sabemos também que tratar bem o paciente, respeitar e atender com respeito todo médico pode fazer. Além disso, em nenhum momento falei em importação de médicos como solução para o problema da saúde.
Mas do que a notória ineficiência da maioria dos médicos de nossa cidade, me admira mais a falta de humanismo nas relações com os pacientes. Arrogância, indiferença à dor e ao sofrimento, total falta de empatia com os pacientes moribundos parecem normais para esses (sic) profissionais. Recentemente passei horas acompanhando uma pessoa em um hospital de nossa cidade e vi que, ao chegarem no hospital, os apressados e carrancudos médicos sequer davam um bom dia aos presentes. No atual estado da saúde pública de Petrolina – e particular também – os médicos cubanos seriam sim, bem vindos.
Maninho, esse é o problema principal que queria destacar no meu texto: a necessidade da humanização da saúde, dos médicos ou do atendimento. Você caracterizou bem o problema. O que Sr. Jaime queria é que centrássemos o foco na saúde pública. Todos sabemos que a saúde pública como a privada é uma questão de gestão. Todos devemos lutar e exigir assistência à saúde para todos. Exige luta, mobilização da sociedade e ação política responsável. Mas tanto na saúde pública como na privada todos deverão ser tratados como gente, com urbanidade, respeito e dignidade. E isso falta na saúde publica e privada porque atender bem depende da pessoa do médico. E os hospitais e clínicas privadas que não querem ou não podem atender usuários de planos de saúde não são obrigados a manterem os convênios. Uma vez que existem os convênios ou contratos, estão obrigados a atender bem sem discriminação.
Alguém aí também falou na questão de se ter o plano Unimed, caso contrário tudo fica ainda pior.
O que está acontecendo aqui é uma questão já de polícia. Os médicos que são os donos dos hospitais estão boicotando os outros planos, só atendem Unimed ou HGU. Tenho Saúde Bradesco que em Recife e São Paulo fui muito bem atendido, e em hospitais muito melhores e profissionais muito mais preparados do que os daqui. Aqui até o laboratório CERPE de Recife, conhecido como um dos melhores de lá foi boicotado e teve que fechar. Aqui só fica os daqui. Um pensamento provinciano, de interior, de médicos medíocres, dinossauros que tem medo da concorrência justamente porque não se aperfeiçoam nem estudam, pelo contrário, os médicos daqui entendem de cotação da uva, fazenda, engenharia e muito pouco de medicina. Também fui vítima
de erro médico. O que fiz? Infelizmente, nada. Fui covarde. Parabéns aos que estão tendo coragem de denunciar esses casos. Conheço o caso da sobrinha da Profª Aparecida Brandão.Lamentável! Triste. Que Deus conforte sua família!! Da justiça divina ninguém vai escapar. E aqui ficamos nós nas mãos desses profissionais que se julgam deuses. Só sabe o que é um médico de verdade quem precisou de um na capital. Lá, eles são humanos, profissionais de verdade e o pior não aceitam um exame feito aqui. Por que será? Essa é a Petrolina dos impossíveis!!!
Muito bom seu comentário. O que está sendo questionado é o modo como somos tratados por alguns profissionais e a gestão dos hospitais privados. Precisamos nos articular e nos mobilizar para que a nossa insatisfação seja consequente. Não podemos nos acovardar, pois somos cidadãos e como tais temos direito de ser tratados como respeito e urbanidade.
Prezados, bom dia!
Em resposta a citação do Padre Antônio: “O que ouço sempre é que no Memorial não havia ou não há médico de plantão. Como os dois hospitais são de propriedade de um mesmo grupo e se o atendimento se concentra em um, claro só pode haver uma concentração grande de pessoas com uma demora no atendimento exorbitante.”
Informamos que o Hospital Memorial NÃO PERTENCE ao mesmo grupo do Hospital Neurocardio, bem como o Hospital Memorial Petrolina possui médicos de plantão 24 horas na sua estrutura.
Ana Luisa
Certamente o Memorial tem uma escala com 24 horas de cobertura, mas você pode prever falta de plantonista? Foi o que aconteceu na semana passada. Então enquanto os médicos, antigos e novos não mudarem a conduta colocando O SER HUMANO na frente da remuneração, vamos todos sofrer!
Ana Luisa Amorim,
É uma boa explicação ou esclarecimento. No entanto, já ouvi esse comentário de que no Memorial não havia médico de plantão na Emergência ou Urgência….. e por isso ali no Neurocárdio havia aquela concentração. Ouvi esse comentário feito por pessoas que esperavam atendimento como eu. Em relação aos proprietários dos dois hospitais serem os mesmos é uma opinião geral. É isso o que se comenta na cidade. E mais outros comentários sobre essa fusão. Acredito que essa situação deveria ficar clara para a população. Com transparência e clareza, as coisas funcionam melhor e as criticas são dirigidas aos destinatários adequados.
Prezado Padre. Antonio,
Por isso que esclarecemos a situação para o senhor. Comentários não verdadeiros sempre irão acontecer, mas o fato e a realidade são outros.
Os sócios do Hospital Memorial NÃO são os mesmo do Hospital Neurocárdio.
Estamos informando que nós possuímos médicos 24 h, porém não podemos responder sobre o nosso vizinho.
Qualquer dúvida pode nos ligar, a administração do Hospital Memorial Petrolina está à sua disposição para sanar suas dúvidas no 87 3862-8935.
Atenciosamente,
Obrigado! Mas essa situação ou confusão em torno dessa questão existe por falta de informação, clareza. Eu apenas externei uma visão corrente em Petrolina. Foi bom ter iniciado o debate para que as coisas comecem a ficar mais claras. É a população que precisa saber, especialmente os usuários dos planos de saúde.
REALMENTE BRUNO.
CRISE REANAL NÃO MATA, MAS VAI FICAR VAI FICAR COM CRISE REANAL OU COM QUALQUER DOR, OU VER UM FILHO OU MÃE SE RECRAMANDO DE DOR E VOÇÊ NÃO TER O QUE FAZER E VER OS MEDICOS E ENFERMEIRO PASSA POR VOCÊ E NÃO TE DAR ATENÇÃO.
Afinal! Pagamos um plano de saude é para não enfrentar filas longas e nem demorar no atendimento, se estamos pagando temos sim que cobrar e reclamar. queremos um atendimento diguino e de qualidade.
Se o amigo não se encomada com péssimo atendimento, fica ao seu critério.
Agradeço de coração às orações da pessoa amiga e sensível ao sofrimento que minha família passa, pela perda de Júlia. O caso de Júlia está tramitando no CREMEPE e no CREMEBE, dado que o fato envolve um hospital particular em Juazeiro e o Plano de saúde ter sido firmado em Petrolina.. Logo que saiam os resultados dos Conselhos, o caso será encaminhado à justiça comum, aliás, já foi dado entrada . O que ocorre é que a polícia precisa dos dados técnicos resultantes da avaliação dos referidos conselhos para dar continuidade ao seu trabalho investigativo. Afinal, houve um óbito, e, nesse caso precisa e deve ser apurado.
Nos centros onde a medicina é mais avançada, vivencia-se o paradigma da resolubilidade, ou seja, um paciente não pode deixar o hospital pior ou na mesma situação em que entrou, salvo se esse paciente já estiver numa fase terminal. Assim mesmo são envidados esforços na busca da melhoria do paciente. O caso de Júlia (minha sobrinha) foi de um total descaso. A criança deu entrada no hospital na segunda-feira dia 03 de dezembro com fortes dores de cabeça. Foi medicada e mandada de volta para casa. Na terça-feira (dia 04) a criança volta com os mesmos sintomas. Diagnóstico: VIROSE. A tão famigerada virose que não foi investigada. “Tudo, enfim, é virose”. Internada, nada de procedimentos e exames necessários a investigação da doença. No dia 06 (quinta-feira), por interferência de pessoa da família, o diagnóstico é dado: menigite viral. Isso depois da criança já ter tido convulsões e outrs sintomas mais graves. Seu organismo já estava totalmente comprometido e debilitado pelo avanço da doença A tudo isso foi acrescido humilhação, descaso, indiferença por parte de médico/a. Ao procurar o médico plantonista, à meia noite, desesperado pelos gritos da filha, para que esse desse pelo menos uma olhadinha na criança, esse responde desumanamente ao pai da criança: – é …se uma olhadinha minha desse jeito em sua filha até que ia fazer isso. Tudo está denunciado nos devidos conselhos. Resultado; dia 07 de dezembro (sexta-feira), às 20h, a criança vai a óbito. Contudo, nesse mesmo dia, pela manhã, levamos à criança para o IMIP – Petrolina. O atendimento foi correto, humano, competente, responsável e carinhoso como devem ser todos., mas, infelizmente tarde demais. Por isso viva aos intensivistas. Foram dias terríveis. Gostaria de dizer aos médicos que primeiro atenderam Júlia, que eles mataram grande parte de nossa alegria. Ver uma criança de sete anos numa urna mortuária, pela simples falta de um bom atendimento e dedicação da profissão que desempenham, foi e continua sendo razões para nossas lágrimas. Que Deus os proteja de tamanha dor.