O governador Jaques Wagner anunciou ontem (6), após encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília, que a Bahia terá mais obras e mais investimentos para o estado, além de recursos para as obras em andamento – principalmente na área de infraestrutura – e as necessárias para enfrentar a seca que continua no semiárido. As informações são do governo do estado.
A presidente disse a Wagner que vai considerar as previsões orçamentárias para 2013 e 2014 antes de definir quais os empreendimentos da Bahia que receberão mais apoio federal. Ela elabora um cronograma dos investimentos solicitados para adaptá-los ao fluxo de caixa do governo federal. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior também participou de parte do encontro.
Em entrevista coletiva, no Palácio do Planalto, o governador Wagner informou que vai se reunir nesta quarta (7) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, juntamente com outros governadores, para tratar da questão da unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de operações interestaduais. Wagner recomendou “equilíbrio” e defendeu que os entes federativos liderem o debate. “Guerra fiscal é ruim para todo mundo”, disse. Para ele, mesmo que haja alguma perda para os estados, os governadores devem acabar com a guerra fiscal, por causa da insegurança jurídica que acarreta.
Wagner não é favorável à adoção de um valor único para o ICMS, ao ser questionado se era a favor da redução das atuais alíquotas – que variam entre 7% e 12% –, para 4%, uma das propostas em estudos. “Temos que avaliar como vão ficar as compensações. Não é razoável reduzir apenas para um valor único”. Segundo o governador, a fórmula final ainda está em discussão.
Adutora
O governador confirmou a ida da presidente Dilma na sexta-feira (9) a Salvador para inaugurar a adutora do Algodão, na região de Guanambi, e participar, à tarde, da reunião da Sudene com os governadores do Nordeste. “Os governadores vão tratar da seca e da situação apertada que estão atravessando por conta da estiagem”, disse Wagner. Segundo ele, embora a Bahia tenha sido contemplada com recursos, há necessidade de mais verbas, porque 60% do estado estão localizados na região do semiárido, zona de seca, e há muita obra a ser feita na região. (Foto/divulgação)