O ex-deputado Osvaldo Coelho enviou carta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reivindicando a renegociação de operações de créditos contratadas ao Amparo de recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamentos do Centro-Oeste (FCO), Nordeste (FNE) e Norte (FNO).
No documento, Osvaldo fala sobre a “injusta” taxa de juros de 8,7% que é cobrada aos nativos para a renegociação de suas dívidas junto ao Banco do Nordeste (BNB), em comparação aos juros de 2% que o BNB cobrou da Fiat (uma empresa multinacional) que se instalou em Pernambuco e, após realização do contato, elaborou maiores juros para os nativos.
Segundo o ex-deputado, a taxa de 8,7% de juros cobrada ao semiárido é a maior existente no país nesse momento. Maior mesmo que as do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), do Banco do Brasil (BB), do Fundo Constitucional do Centro-oeste, que é de 6%. “Queremos que saiba que nos últimos quatro anos, nas porteiras das fazendas, nada saiu produtivo. Só entraram os salários dos trabalhadores, ração para o gado, remédios e sofrimentos. O governo tem que cuidar dos patrícios, da parte pobre desta nação. Estamos nos referindo as débitos acumulados da agropecuária e agroindústria”, relatou.
O ex-parlamentar comenta ainda na carta que os devedores do BNB têm a vontade de pagar suas dívidas, até mesmo vendendo imóveis. No entanto, o mercado afastou os compradores e o banco desconsidera a atual situação econômica que esse agricultor passa, cobrando juros exorbitantes. “Estou cumprindo meu dever. Que o governo cumpra o seu. É preciso que o BNB tenha bom senso para negociar com os devedores”, concluiu Osvaldo.