Em depoimento, esposa nega assassinato do médico; advogado aponta boicote da defesa

por Carlos Britto // 19 de julho de 2018 às 06:20

Um novo capítulo no Caso Aldeia, que apura o desaparecimento e morte do médico Denirson Paes, 54 anos, pode envolver agora polêmicas de ritos processuais e conduta profissional. O advogado Alexandre Oliveira, responsável pela defesa dos suspeitos – a farmacêutica Jussara Paes, 54, e do filho do casal Danilo Paes, 23 -, promete ingressar com uma representação contra uma advogada da Secretaria de Ressocialização (Seres), que acompanhou sua cliente durante oitiva conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE).

Oliveira também aponta que não foi avisado sobre a realização do interrogatório a Jussara feito na última sexta-feira (13), na Colônia Penal Feminina do Recife, e que a cliente ficou sem apoio jurídico.

“A delegada foi lá colher o depoimento de minha cliente sem minha presença. Eu sou o advogado habilitado nos autos do inquérito e deveria ter sido comunicado”, reclamou Oliveira. Ele denunciou que a cliente narrou que foi pressionada a confessar o assassinato do marido.

Na oitiva, considerada arbitrária pelo advogado, Jussara afirmou que não matou o marido e não saberia o que aconteceu com ele, mas disse acreditar que alguém queria incriminá-la, jogando as partes do corpo na cacimba da casa do casal em Aldeia, Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Sobre a limpeza na área do quiosque da piscina, a farmacêutica informou que queria deixar o espaço limpo, visto que o marido deveria voltar para casa em breve. (Com informações da Folha de PE)

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