Em Juazeiro, mulheres assistidas por Centro Integrado terão um mês de aulas de dança cigana

por Carlos Britto // 27 de setembro de 2018 às 21:38

Foto: Ascom PMJ/SEDES divulgação

O público feminino assistido pelo Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) terá acesso, durante um mês, a aulas de dança cigana oferecidas através do Projeto ‘Badalavi’. A iniciativa foi uma das contempladas no edital do Programa Usina Cultural, da Prefeitura de Juazeiro.

Segundo a idealizadora do projeto, a produtora cultural Esther Martins, a proposta é apresentar a dança cigana artística para a região acionando sua potência estética e também seu caráter terapêutico, de autoconhecimento e desenvolvimento artístico.

Nossa proposta é desenvolver encontros para experimentar a dança e trabalhá-la como instrumento de desenvolvimento do corpo, autoestima e saúde integral, proporcionando ainda o conhecimento de cultura e povos diferentes. Além de todos os benefícios mencionados a dança proporciona também o empoderamento das mulheres, por isso decidimos desenvolver o projeto no CIAM“, afirmou.

Durante esse período serão realizados encontros semanais utilizando passos, técnicas e elementos de dança cigana – como a saia, o xale, o leque e a pandeirola. As aulas são oferecidas de forma gratuita às mulheres assistidas pelo CIAM tiveram início esta semana. Na primeira aula o contato inicial foi de observação.

A babá Edicléia Pereira é uma das alunas do projeto que aprovaram a iniciativa. “Gostei muito porque me possibilitou também conhecer outras mulheres e compartilhar várias histórias de vida. Com todas as dificuldades que vivenciamos este é um momento onde percebemos que somos fortes e que podemos ser felizes de novo. A dança fez com que eu me sentisse livre”, disse acrescentando que “o CIAM é o lugar onde encontrou apoio, atenção e cuidado para seguir sua vida mais forte”.

Vítimas da violência

As contempladas através do CIAM passaram por algum tipo de violência e, para a diretora de Mulheres Quitéria Lima, a dança é mais uma ferramenta de ajuda para que elas saíssem do ciclo de violência. “É uma motivação a mais de valorização do corpo, de levantar a autoestima. Trabalhar a violência causada na vida dessas mulheres faz com que elas abram novos horizontes. Para elas é um novo mundo e uma forma de sentirem a liberdade”, destacou. As informações são da assessoria da PMJ/SEDES.

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