O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), enfrentou ontem (26) em Petrolina – onde esteve para o encerramento do Programa Chapéu de Palha da Fruticultura Irrigada – uma série de questionamentos da imprensa local quanto às recentes cobranças em sua administração.

Numa delas, a construção do Hospital da Mulher de Petrolina, o socialista assegurou que a obra faz parte dos compromissos de sua campanha do ano passado. E garantiu que a unidade médica, assim como as outras promessas assumidas por ele em praça pública, será realizada no seu mandato.

“O hospital vai sair, para que as mulheres da região possam ter uma saúde cada vez mais humanizada”, declarou.

Já sobre o sistema de flutuantes para o perímetro Senador Nilo Coelho, Câmara mostrou certa irritação ao ser perguntado quando o estado vai entrar com sua cota de colaboração. “Vamos logo esclarecer que (o estado) não tem que soltar verba. Estamos esperando a União fazer a licitação, como ela se comprometeu. Tão logo a licitação esteja pronta, o governo do estado vai ajudar, como sempre se colocou. Em nenhum momento o governo do estado foi contra essa iniciativa. Pelo contrário, nós fomos atrás do senador Fernando Bezerra Coelho e colocamos nosso secretário de Agricultura (Nilton Mota) para, juntos, acharmos uma solução para essa questão que estava afligindo os fruticultores”, ressaltou. A licitação a que Câmara se refere é para a empresa responsável pela instalação dos flutuantes.

Em relação aos pipeiros, os quais reclamam de seis meses atrasados de pagamento, o governador contestou o fato. Segundo Câmara, existem apenas dois meses pendentes (dezembro de 2014 e janeiro deste ano). Mas garantiu que vai fechar o ano com todos os vencimentos da categoria em dia.

Policiais civis

Câmara também explicou a situação dos policiais civis, que reivindicam avanços salariais e melhorias nas condições de trabalho. Ele lembrou ter participado do Governo Eduardo Campos, de onde surgiu o Pacto Pela Vida, que além de ter feito com que Pernambuco fosse o único estado do Nordeste a reduzir o número de homicídios, também valorizou o trabalho dos policiais civis e militares.

Disse ainda que os profissionais tiveram “um ganho real” em seus salários, mesmo reconhecendo que precisam ganhar mais. Mas alegou dificuldades financeiras para atender as reivindicações. “Todo mundo sabe que o país vive uma crise. Pernambuco está acima do seu limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal e não podemos dar aumento neste momento. Esse é um movimento estritamente salarial, e temos de esperar o momento certo para podermos negociar. Não adianta dizer que as condições estruturais (da polícia) não estão acontecendo. Elas estão acontecendo. Estamos trabalhando muito a favor da segurança”, declarou. Câmara comentou também sobre a convocação dos mil PMs aprovados em concurso que entrarão em agosto, e lembrou que o estado abrirá inscrições para novo certame com vistas a selecionar delegados, escrivães, médicos legistas e peritos.