Em Salvador, Eduardo Campos evita polêmicas sobre o processo eleitoral de 2014

por Carlos Britto // 10 de novembro de 2012 às 10:07

O governador Eduardo Campos (PSB) comemorou os recursos anunciados pelo governo federal para combater os efeitos da seca em Pernambuco. O socialista foi o mais assediado após a 16ª reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), na sexta (9), no Hotel Deville, na praia de Itapoã, em Salvador.

Disputado pela imprensa e por duas “fãs” que queriam ser fotogradas ao lado dele, Eduardo deixou para se pronunciar somente ao final do encontro. “Foi uma reunião que dialogou com uma reivindicação antiga nossa, que era de botar dinheiro no Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. Agora, esses recursos estão garantidos”, avalia.

Mais uma vez, Eduardo foi questionado sobre as projeções políticas para 2014, já que pouco antes de começar a reunião, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), lançou o nome do colega de partido para compor a chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff na posição de vice.

“Não estamos conversando organicamente sobre 2014, não é o caso. O debate eleitoral pode até encantar aqueles que vivem nos gabientes em Brasília ou quem faz a cobertura política, mas com certeza não é o assunto número 1 nesse instante”, cortou.

O governador evitou comentar sobre a proposta do Ministério da Fazenda de unificar a alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 4% argumentando que a medida deve ser mais bem discutida entre os estados.

Contudo, Eduardo confirmou ter abordado a presidente Dilma Rousseff no encontro desta semana, em Brasília, sobre o projeto de divisão dos lucros dos royalties da extração do petróleo. “Quando há escassez de recursos, crise fiscal, queda de arrecadação, é natural que se fale de uma fonte de receita, mas agora é hora de expectativa para a decisão que virá da presidente Dilma”, adiantou.

Sobre as frequentes referências à gestão pernambucana por parte do futuro prefeito de Salvador, ACM Neto, o presidente nacional do PSB admitiu que “é bom ter o trabalho reconhecido”, mas negou qualquer aproximação de cunho eleitoral. “O meu partido é da base de apoio do partido de Nelson Pelegrino (PT), que foi concorrente dele”, pontuou. (Fonte/foto: NE-10)

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