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Falta de médicos, de medicamentos, filas de madrugada nos postos de saúde , baixo número de consultas e a demora para a realização e entrega do resultado de exames. Estas foram algumas das questões abordadas ontem (10) durante sessão especial convocada pela Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Juazeiro. A audiência foi proposta pela vereadora Neguinha da Santa Casa (PV).
A sessão foi conduzida pelo presidente da comissão, Dalmir Pedra (PP). O secretário municipal de Saúde, Cássio Garcia acompanhado de auxiliares da pasta, ficou na mira dos representantes da Casa Aprígio Duarte Filho. O debate foi longo e durou quase quatro horas.
Cássio iniciou sua participação com uma explanação sobre o contexto histórico da saúde pública no Brasil desde o tempo do Império até os dias de hoje com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) – considerado um modelo para a Organização Mundial de Saúde (OMS), embora precise de muitos ajustes para que funcione como foi idealizado.
Em seguida o gestor falou dos avanços no setor em Juazeiro, citando a maternidade municipal, o Hospital da Criança, além de uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O secretário comentou também sobre os planos e metas da sua pasta como a consolidação da rede de urgência e emergência que engloba o trabalho do Samu, da UPA, do Hospital Regional, da rede básica e complementar – como o hospital Promatre.
Depois da explanação inicial, foi a vez da participação dos vereadores. Zé Carlos Medeiros (PV) começou sugerindo a participação do Sintrab-Saúde, sindicato que representa os empregados do setor no município. A proposta foi rejeitada por Dalmir Pedra.
Cássio ouviu elogios, críticas e sugestões dos vereadores e, apesar de uma larga base governista, teve que se deparar com queixas especialmente sobre o atendimento na questão básica. O vereador Caffé (PTC) foi o primeiro a cobrar melhorias. O secretário admitiu os problemas e apresentou sugestões para acabar com as filas, como a criação de uma central para marcação de consultas. Mas, segundo ele, o processo é demorado porque inclui estrutura, treinamento de pessoal, e trabalho de educação da comunidade. (De Rinaldo Lima para o Blog)
