Em universidade dinamarquesa, professor da Uneb busca conhecimento para investir no semiárido

por Carlos Britto // 04 de abril de 2017 às 20:00

Em parte mineiro, em parte carioca, mas radicado há cinco anos no Vale do São Francisco, o professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em Juazeiro, Luiz Adolfo Andrade, busca na Escandinávia conhecimento para investir no semiárido brasileiro. Atuando nos cursos de Jornalismo em Multimeios e no mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA) do Departamento de Ciências Humanadas (DCH-III)/Uneb, Andrade foi aprovado no Programa de Pós-doutorado no Exterior, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), para realizar estágio de um ano, entre março de 2017 e março de 2018,  no Centro de Pesquisas em Jogos de Computador da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca.

O pesquisador está sendo supervisionado pelo Prof. Espen Aarseth, um importante referencial em estudos sobre games no mundo. Em seu projeto, Luiz Adolfo busca entender melhor sobre as formas de conectar os jogos digitais ao espaço urbano, usando-os como recurso para otimizar a vida nos centros urbanos.

Minha hipótese de pesquisa é esta: acredito que os jogos digitais podem otimizar a vida na cidade, ensinado o cidadão a lidar com problemas e situações no nosso contexto, algo que na Dinamarca, Suécia e outros países da Escandinávia já fazem há muito tempo. Uma das primeiras coisas que pretendo fazer quando voltar é desenvolver um game que possa divulgar a cultura do submédio do São Francisco e nos ensine formas de preservar explorando o rio. Também penso em projetos que envolva e estimule a economia do Vale”, completa Andrade, que foi um dos coordenadores do projeto GPS Coquetel Musical, um game desenvolvido em Petrolina no ano de 2015 considerado entre os cinco melhores jogos feitos no Brasil, naquele ano.

Vale lembrar que,  neste ano, a Uneb lançou no Campus I (Salvador) o curso de graduação tecnológico em desenvolvimento de Jogos Digitais. Ao lado da professora Lynn Alves, uma das personalidades mais conhecidas no cenário brasileiro dos games, Luiz Adolfo participou da criação desse curso e pretende levá-lo para o DCH-III da Uneb em Juazeiro.

É um projeto que tenho a médio prazo (oferta do curso de jogos digitais no DCH-III). A Uneb oferece recurso para viabilizar esta operação dentro da modalidade de cooperação interdepartamental. Temos infraestrutura e recursos humanos no departamento para dar suporte a este curso, que acredito ter bastante mercado no Vale do São Francisco. A Bahia é o estado que mais tem  produzido jogos digitais no Brasil, muito se deve ao trabalho desenvolvido na Uneb pela Profa. Lynn. Tenho um monte de alunos e ex-alunos que me cobram quando teremos um curso desses na região”, disse Luiz, que também passou dois anos trabalhando como professor visitante.

Em universidade dinamarquesa, professor da Uneb busca conhecimento para investir no semiárido

  1. Francisco disse:

    gastando o dinheiro publico!

    1. Luiz Adolfo de Andrade disse:

      Errado amigo. Não estou aqui a passeio nem de férias. Estou a trabalho, servindo aos governos federal e estadual, construindo um convênio para alavancar as frentes de trabalho com jogos digitais no Vale. Sinto muitíssimo por pensar desta maneira.

    2. Prof. Carlos disse:

      Antes de tirar conclusão tão precipitada e irresponsável, procure ao menos saber da dificuldade – e do nível de qualificação – em ser aprovado em um processo para tal projeto. O professor faz BOM USO do dinheiro público quando ele se dispõe a adquirir saberes que serão compartilhados por seus pares alunos. Volte seus olhos aos seus representantes políticos, muitos deles sim, exploradores de nossos impostos, antes de externar inveja em forma de preocupação com erário público. Parabéns, professor, pela coragem e dedicação.

      1. Cego às avessas disse:

        Erário público? Kkkkk isso não é redundante não?

        1. Prof. Carlos disse:

          Você auto proclamar-se cego também, nem por isso o adverti.

  2. teogenes disse:

    o que vai acrescentar o cidadão usar nosso dinheiro para estudar mais sobre jogo de computador para o nosso semiárido?

    1. Cego às avessas disse:

      Para você que não sabe Petrolina possui muitos cursos superiores na área de ciências da computação e tecnologia da informação. Inclusive os políticos do PSB propagandearam instalar o porto digital na cidade diversas vezes em suas campanhas políticas.

      1. Guilherme disse:

        É, a inveja tem várias faces mesmo. Não seria o caso de vc tentar trilhar seu próprio caminho, ter coragem de dizer o nome verdadeiro e admitir que sua raiva do professor é ciúme, meu nobre? Faça o que ele fez: estude!!!

    2. Luiz Adolfo de Andrade disse:

      Caro Teogenes, certamente o meu intuito é abrir novas possibilidades de estudo e profissionais para universitários no Vale do São Francisco. Caso não saiba, o mercado de games é um dos que mais cresce no mundo e o Brasil, salvo engano, é o 4 maior desenvolvedor no planeta. É importante pensar com carinho nessas novas possibilidades de mercado, sobretudo em um momento econômico como o atual.

    3. Luiz Adolfo de Andrade disse:

      Ao Staff do Blog do Carlos Britto, muito obrigado pela divulgação deste trabalho que estou desenvolvendo ! Saudações

  3. Cientifico disse:

    Já ouviram falar em desenvolvimento científico? O Brasil é atrasado por não investir em educação, e para os desinformados eu digo que jogos digitais é um setor da economia em franca expansão, tolo do prefeito de Petrolina se não implantar um porto digital aqui e em conjunto toda uma estrutura com cursos técnicos, faculdades, cursos de pós seja stricto ou lato e incentivar empresas a se instalar aqui, pois mercado há o que falta é mão de obra especializada e o mercado paga bem, imagine Petrolina com uns dois mil profissionais trabalhando nesta área injetando milhões na economia local

  4. Souza disse:

    É cada papo,o importante parece q não é trazer o conhecimento mas sim mostrar que esta fora

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