Embrapa Semiárido abre exposição fotográfica sobre Bioma Caatinga

por Carlos Britto // 01 de junho de 2022 às 20:32

Foto: Ascom Embrapa Semiárido/divulgação

A Embrapa Semiárido deu início nesta quarta-feira (1), no River Shopping, em Petrolina, à exposição fotográfica em celebração à Semana do Meio Ambiente. Intitulada “Nossa Caatinga, Nossa Riqueza”, a mostra destaca as belezas desse bioma exclusivamente brasileiro e apresenta, por meio de recursos visuais, o trabalho que a instituição vem desenvolvendo para a preservação e exploração sustentável da caatinga.

Com 50 imagens de autoria de empregados da Embrapa Semiárido, a exposição fotográfica traz temas que abordam as paisagens da caatinga, as plantas, flores, animais, além de informações sobre as diversas pesquisas realizadas. Apesar da rica biodiversidade, o bioma é um dos ambientes mais degradados do país, concentrando 62% das áreas suscetíveis à desertificação. As queimadas e derrubadas estão entre os principais fatores de degradação, e as mudanças climáticas aceleram esse processo.

Como muitas espécies da flora e fauna são endêmicas da caatinga, promover ações que buscam o uso racional da água, solo, plantas, insetos e microrganismos são essenciais para sua preservação e conservação. Nesse sentido, a Embrapa Semiárido vem realizando trabalhos para avaliação do potencial paisagístico e ornamental da flora da caatinga, além do aproveitamento agroindustrial dos frutos nativos como o umbu e o maracujá-do-mato.

Também são realizadas pesquisas para a manutenção de colônias de abelhas (mesmo na época da seca), além do desenvolvimento de sistemas de produção para culturas nativas como o Alecrim-do-Mato, bem como o lançamento de clones de umbuzeiro e da BRS Sertão Forte, nova cultivar de Maracujá-da-Caatinga. A empresa desenvolve ainda ações para conscientização e preservação, a exemplo da Trilha Ecológica da Caatinga, um percurso de cerca de cerca de 300 metros em área de mata preservada, que recebe visitantes durante todo o ano.

A Caatinga

O bioma está presente em oito estados da região Nordeste, além de parte de Minas Gerais e Espírito Santo, apresentando um ecossistema diverso, que abriga inúmeras espécies de animais e plantas. A flora da caatinga é formada por árvores baixas e plantas com espinhos. Em períodos de estiagem, a vegetação perde suas folhas, dando uma coloração acinzentada ao ambiente. Outra característica do Bioma é a resiliência. Logo após a chuva a paisagem se transforma, passando do branco ao verde rapidamente.

Embrapa Semiárido abre exposição fotográfica sobre Bioma Caatinga

  1. otavio disse:

    Não temos nenhuma dúvida de que se trata de uma bela exposição e bastante educativa, não só por ser a EMBRAPA que está fazendo, com o seu Corpo Técnico de altíssimo nível, mas também pela beleza da Caatinga, com sua vegetação única no Planeta. Por exemplo a Faveleira para mim, leigo totalmente no assunto, mas com estudos em andamento pela EMBRAPA, será num futuro ainda que meio distante, cultivada em larga escala. Da faveleira é possível de se extrair do seu fruto a semente, que prensada pode ser um AZEITE comestível e de grande poder nutritivo, muito mais que o AZEITE DE OLIVA. Do bagaço das sementes, se misturados com suas folhas e talos ou outra folhas leguminosas, pode se transformar numa torta muito mais rica em nutrientes que a TORTA DE CAROÇO DE ALGODÃO, sendo pois um excelente alimento para os animais, principalmente CABRAS LEITEIRAS. Do Leite das Cabras pode se produzir QUEIJO de alta qualidade. Da floração pode-se se explorar um mel muito mais rico em nutrientes e digo mais, tudo da faveleira tem um antibiótico natural, me arriscando inclusive a dizer que quem consome produtos da faveleira, não tem inflamação da garganta. Eu quando muleque, consumia as sementes inatura ou feito uma paçoca/pisado, e nunca tive qualquer infecção da garganta. A faveleira é uma planta invasiva, cresce rapidamente e com pouca água, por isso ela sobrevive a tantos períodos de estiagens. Eu me lembro que comentei isso com Dr. Osvaldo e ele rindo disse, “Como é que se vai colher as sementes? quando a favela estala as semente caem lá longe?” eu lhe respondi, aí é coisa para ser estudada.

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