Conhecido como o principal polo frutícola do país, o Vale do São Francisco concentra 93% de todas as exportações de manga e 96% das exportações de uva, segundo dados do IBGE. Juntas, essas culturas empregam padrões modernos de produção, a exemplo da irrigação controlada. Mas os produtores rurais da região ainda enfrentam um problema antigo: a fitossanidade (saúde e qualidade) dos seus produtos.
Pesquisas locais mostram que a falta de controle integrado e monitoramento nos pomares, no período de 2011 a 2013, triplicou o ataque da mosca da fruta, uma das pragas mais comuns no Vale do São Francisco. Para reverter essa estatística, foi realizado na última quinta-feira (29), no auditório da Biofábrica Moscamed Brasil, em Juazeiro, um encontro para discutir a situação fitossanitária do Vale do São Francisco com relação ao problema.
O Sebrae Juazeiro, parceiro na realização do evento, vai auxiliar na conscientização dos produtores rurais, realizando mais eventos como ‘Dia de Campo’ e desenvolvendo projetos de captação de recursos e consultoria tecnológica, como o Sebraetec. “É importante que os produtores e instituições trabalhem juntos no combate à mosca da fruta. Vamos atuar no campo, levando informações para os produtores rurais e implementando tecnologias que auxiliem no combate dessa praga”, frisou o técnico do Sebrae Juazeiro, Rinaldo Moraes.
Para o diretor executivo da Moscamed Brasil, Jair Virgínio, com ações de monitoramento nas áreas de produção poderão ser realizados diagnósticos da ação da mosca da fruta na região e posterior controle químico ou biotecnológico. “Essas medidas tendem a reduzir a população dos insetos e garantem a qualidade e a exportação das frutas”, afirmou o diretor. As informações são da Agência Sebrae.