Equipe da Sema-BA conhece projeto de sistemas agroflorestais em Juazeiro

por Carlos Britto // 28 de agosto de 2024 às 08:40

Foto: Ascom Sema-BA/divulgação

A equipe da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) da Bahia, que participava do 1º Congresso sobre Mudanças Climáticas e suas Consequências no Território Semiárido, em Juazeiro, no último final de semana, aproveitou a ocasião para conhecer de perto o projeto de implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) do Centro de Formação José Rodrigues, autarquia do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), situado na localidade de Tourão, a 12 quilômetros do município.

A visita técnica incluiu explorações detalhadas de diversas frentes de trabalho do Irpaa, como o “Recaatingamento”, técnicas de reutilização de recursos e saneamento rural, tecnologias hidroambientais e produção de biogás. A expectativa, segundo o superintendente de Planejamento Ambiental, Tiago Porto, é de absorver os conhecimentos e aplicar tecnologias que visam integrar valores de sustentabilidade às práticas diárias da Sema e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Nosso objetivo com essa parceria é promover a sensibilização sobre práticas agrícolas sustentáveis, conservação ambiental e segurança alimentar tanto para servidores quanto para os EcoGuardiões, um projeto piloto da Secretaria, composto por estagiários e jovens do Programa de Primeiro Emprego, além dos jardineiros da Sema e do Inema”, afirmou Porto.

Representando a Sema-BA durante a visita, o biólogo da Diretoria de Programas e Projeto (Dipro), Guido Brasileiro, conta que percorreu vários momentos de experiências voltadas para a agroecologia. “Conhecemos o sistema de agricultura de florestas do Irpaa, integrados a um sistema sustentável, com biodigestores, sistemas de saneamento básicos diferenciados, como de evapotranspiração, e o de cisternas. A partir desse projeto a gente pensa em replicar um pouquinho da experiência que a gente entendeu aqui para os nossos jovens, terceirizados, equipe de apoio, de limpeza, além dos próprios servidores da Sema e do Inema”, salienta Guido, destacando o papel dos ecoguardiões em aplicar e repercutir essas práticas no ambiente de trabalho.

Guido acrescenta ainda que a iniciativa é “um passo importante para demonstrar como o Sistema Agroflorestal pode ser uma ferramenta poderosa na construção de uma agricultura mais equilibrada e responsável“, enfatizou.

Áreas degradadas e seus desafios

Experiente em áreas degradadas, o engenheiro agrônomo e técnico do Irpaa, Luís Almeida, explica que não se pode medir os SAFs nas mesmas regras. À princípio, deve-se adequar essas práticas e entender para que esse SAF está servindo.

Antes de a gente falar da produção de alimento, nós precisamos falar da recuperação ambiental dessa área, porque não dá para gerar alimento na área que está degradada. Então a gente recupera fazendo o processo junto, mas o que tem que se levar em consideração nesses aspectos é que a gente não deve pegar o sistema da permacultura e tenta encaixar em todas as regiões que não cabe, Nossa Bahia é muito grande, o semiárido é também diverso, então a região da Chapada Diamantina é uma perspectiva de SAF, aqui é outra perspectiva de SAF. É um desafio pra gente pensar essas ações, mas já vimos que tem possibilidades“, disse o engenheiro agrônomo.

A expectativa é de que a iniciativa contribua significativamente para a adoção de práticas que promovam a preservação ambiental e a segurança alimentar na região.

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