As homenagens pelos 70 anos do mestre Caetano Veloso, celebrados ontem (07), não param. Desta vez é o cantor e compositor Carlos Maurício Dias Cordeiro, nosso assíduo colaborador ‘Mauriçola’, quem ilustra a coluna “Éramos Assim”, ao relembrar a já remota época dos Anos de Chumbo em que Caetano passou por Juazeiro.
Confiram:
Tempos da famigerada ditadura militar, censura federal, exílio de artistas e políticos, tortura e também muita cultura. “Tropicália” no ar, bossa nova no mundo,”cinema novo” de Glauber Rocha, “Novos baianos” , “Pasquim”, Temporadas Universitárias em Juazeiro, Festival Sanfranciscano da Canção, Troféu João Gilberto, “Quadra do Franvale”, Grupo Êxodus, Juazeiro.
Caetano veio em 73, trouxe uma fita cassete com o inédito disco branco de João Gilberto, ouviu diante do rio São Francisco, Angary e “almas esticadas no curtume”, compôs “O Ciúme”. Foram 48 horas luminosas.
Na foto, o grupo Êxodus, pegamos instrumentos de percussão para acompanhar Caetano em duas músicas: “Você não entende nada” e “Chuva, suor e cerveja”, a primeira e única vez que Caetano Veloso cantou em Juazeiro.
Longevidade grande mestre, nestes tempos de muita “miséria cultural”.
Na foto: Expeditinho Nascimento, Cáca,(pedaço do rosto de Zé Mário Luna +)Caetano, Tatau, eu, Julhão, Coelhão, Itazir e Satinho. O cara de óculos cuidando da gravação é Flávio Luiz Silva.
Eita, o fumaceiro era grande também…. Belos tempos.
Éramos felizes e não sabíamos….
Ou tempo bom aquele e que não volta jamais meus amigos….
Ninguem falava e nem tampouco se usava a tal da droga e a unica coisa que se cheirava, era tão somente a XERECA das meninas.
Abraços.
Abelardo Coelho.
Recife-PE.
Velhos tempos, que não volta mais tudo que é bom dura pouco, nós eramos feliz e não sabia.!!!
Realmente eramos felizes e não sabíamos, a começar pelas musicas, tinha fundamento e suas letras e melodia, O grupo exudos era único fazíamos teatro, recitais, e participava dos festivais da AUJ., dai lindas canções, Lavadeira do Anagari (Moanilton) e muitas outras…grande amigo e compositor Julhão e Kaká, Carlinhos lá de Petrolina, Zé Mauricio (em memoria), e Ratinho (em memoria) e suas musicas apaixonadas.
Esse tempo realmente quem viveu sabe, nunca mais voltará.
Abraços a Todos.