Especialista afirma que queimaduras não se restringem a período junino e alerta: “Prevenção ainda é melhor remédio”

por Carlos Britto // 18 de abril de 2013 às 12:29

HRJO período junino se aproxima e, com ele, um drama conhecido: as queimaduras por fogos de artifício. Mas o problema não é restrito apenas a essa época. Pelo contrário. Durante todo ano, internações e mortes provocadas por descuidos no manuseio de produtos químicos, contato com líquidos superaquecidos e chamas, além de choques elétricos acontecem com frequência.

Considerado referência no Vale do São Francisco no tratamento de queimados, o Hospital Regional de Juazeiro (HRJ)/Imip recebeu – somente em 2012 – 97 pacientes. Em 2013 já são 47 as vítimas internadas no HRJ.

Segundo o coordenador da Clínica de Queimados do HRJ, Hermes Willer, apesar de ocorrer um aumento de vítimas no período das festas juninas, a taxa de ocupação dos leitos da Clínica de Queimados é constante durante todo ano. O cirurgião informa que crianças normalmente são mais expostas aos riscos. “As queimaduras em crianças representam 50% dos casos, e em sua maioria, os acidentes acontecem em ambiente doméstico. No ano passado 36% dos pacientes, entre adultos e crianças, atendidos no HRJ foram vítimas de escaldadura (líquidos quentes) e 32% por chamas. Já as vítimas de choques elétricos totalizam 15% dos pacientes atendidos aqui”, explicou.

Dr. Hermes explica ainda que é comum as pessoas banalizarem as queimaduras, que acaba agravando o quadro dos ferimentos. “Toda queimadura deve ser avaliada pelo médico. Alguns casos mais graves necessitam de cirurgia plástica reparadora. Além da própria queimadura, o acidente pode trazer sequelas cicatriciais para o resta da vida, amputação de membros e levar até a morte”.

A avaliação do paciente também é importante, explica Hermes. “As pessoas se preocupam apenas com as feridas e esquecem as condições clínicas do paciente. A hidratação, as condições das vias respiratórias e possibilidade de doenças ou traumas associados também devem ser investigadas”.

Prevenção e Primeiros socorros

A prevenção ainda é a melhor maneira de evitar este tipo de acidente. “É preciso cuidado no manuseio de produtos e durante procedimentos que são de risco de queimaduras. Nunca é demais lembrar as orientações para evitar acidentes, como manter as crianças longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições, armazenar produtos químicos em local seguro e verificar sempre o estado das instalações elétricas”, ressalta Dr.Hermes.

Assim como prevenir acidentes, prestar socorro de forma adequada também é indispensável. “Os primeiros socorros pode garantir a vida da vítima de queimadura, desde que a ação seja feita corretamente. Utilizar produtos como creme dental, café, entre outros, na área da ferida pode ocasionar inflamações, além de causar muita dor para fazer a remoção. O que deve ser feito sempre é lavar o ferimento com água corrente em temperatura ambiente, cobrir com pano limpo e levar a vítima a uma unidade de saúde. As bolhas nunca devem ser estouradas”, finaliza o especialista. (Fonte: Ascom/HRJ)

Especialista afirma que queimaduras não se restringem a período junino e alerta: “Prevenção ainda é melhor remédio”

  1. pedrolima disse:

    estar de parabéns o hospital regional por ter um bom atendimento… não poço dizer o mesmo do hospital de trauma, porque eu trouxe um parênte pra ser atendido lá …. e passei horas, horas meu parente chorando de dor era urgência imagine si ñ fosse como teria sido;

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