Especialista do HRJ orienta sobre como prevenir AVC

por Carlos Britto // 30 de outubro de 2024 às 21:00

Foto: Ascom/divulgação

Considerada uma doença heterogênea, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) – conhecido popularmente como derrame – foi a maior causa de mortalidade no mundo nos últimos dois anos, de acordo com a Rede Brasil de AVC. Embora haja esse registro acerca de sua letalidade, a doença tem tratamento e prevenção, como afirma o neurologista Renato Leal, do Hospital Regional de Juazeiro-BA (HRJ), complexo hospitalar administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). O médico enfatiza que “a melhor forma de prevenir, é controlar os fatores de risco, manter a pressão arterial, o colesterol e a glicemia controlados; praticar atividade física regularmente e mudar os hábitos de vida”.

Embora seja a doença que mais matou nos últimos dois anos, os dados da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), coletados por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade, mostram que houve uma redução no número de óbitos em decorrência de AVC no Estado. De janeiro a setembro de 2023 foram contabilizados 2929 óbitos e, no mesmo período de 2024, foram registrados 2661, o que equivale a uma queda de 9,15%. ‎

O alerta acerca da enfermidade surge em uma semana importante, já que a última terça-feira (29) marcou a passagem pelo Dia Mundial de Combate e Prevenção ao AVC. Embora seja um dia alusivo aos cuidados sobre a doença, o especialista do HRJ frisa a necessidade de abordagem do tema durante todos os meses do ano.

Fatores

De acordo com o neurologista, entre os fatores que podem ter relação direta com o desencadeamento do Acidente Vascular Cerebral em um indivíduo, estão a hipertensão arterial, o diabetes, o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo. Leal destaca ainda os elevados níveis de colesterol, o consumo excessivo de álcool, a apneia do sono e as arritmias cardíacas.

O profissional do HRJ explica que o AVC acontece quando há uma obstrução do fluxo de sangue que circula no cérebro e que pode ser de dois tipos: o AVC isquêmico, quando há obstrução de vasos sanguíneos (este corresponde a cerca de 80% dos casos); e o AVC hemorrágico, quando os vasos se rompem causando danos ao encéfalo. Ele alerta que uma pessoa está desencadeando um quadro de AVC quando apresenta “perda de força de um lado do corpo, formigamento em lado do corpo, boca torta, dificuldade para entender e falar, desequilíbrio e alterações dos campos visuais”.

O especialista esclarece ainda que o diagnóstico se dá através de uma avaliação clínica. Já a diferenciação entre isquemia e hemorragia tem constatação por meio de um exame de tomografia. Segundo Leal, um quadro de AVC se trata de uma emergência e o tratamento depende do intervalo entre a identificação dos sintomas e a avaliação médica. Isto é, quanto mais célere for o acesso do paciente à unidade hospitalar, maiores são as chances de reversão do quadro de AVC.

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