Estados terão R$ 4 milhões da Sudene no combate à desertificação

por Carlos Britto // 11 de junho de 2024 às 08:20

Foto: Ascom

A Sudene anunciou um investimento de R$ 1,5 milhão para atualizar os Planos de Ação de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAEs) em 10 Estados do Nordeste. O projeto, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), contará com R$ 2,5 milhões adicionais da pasta e será executado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

O objetivo é estruturar políticas mais eficazes contra a desertificação, com um prazo de 12 meses para conclusão. A atualização dos planos estaduais inclui escuta a governos municipais, sociedade civil, setor privado e órgãos estaduais, além da contratação de assessorias especializadas. “Nós já mostramos que o Nordeste é parte da solução do Brasil. O ambiente político é favorável para construirmos um pensamento de transformação da vida do povo nordestino”, afirmou Danilo Cabral, superintendente da Sudene.

A iniciativa faz parte do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que visa a frear a desertificação e aumentar a resiliência aos efeitos da seca. A auditoria realizada por tribunais de contas estaduais apontou dificuldades na governança das ações de combate à desertificação, destacando a necessidade de melhorias nas políticas públicas.

A Sudene também visitou a comunidade de Fundo de Pasto de Malhada da Areia, em Juazeiro (BA), para avaliar práticas sustentáveis como o recaatingamento, que envolve comunidades tradicionais no uso sustentável dos recursos naturais. “A política do meio ambiente é transversal e envolve diversos setores. É uma mudança de lógica para avançarmos no combate à desertificação”, declarou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Aumento

De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a degradação das terras pode afetar intensamente a produção econômica global, alertando que o número e a duração das secas aumentaram 29% desde 2000. Sem intervenções adequadas, estes fenômenos poderão impactar três quartos da população mundial até 2050. “O nível de comprometimento que vi aqui é inspirador. O mundo está de olho em como o Brasil conseguiu reduzir o desmatamento. Vi tecnologias que podem ser exportadas para outros continentes, como a África”, comentou Ibrahim Thiaw, secretário-executivo da Convenção da ONU para o combate à desertificação.

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