Estudante critica IML de Petrolina por dificultar reconhecimento de possível corpo do seu irmão

por Carlos Britto // 05 de janeiro de 2024 às 10:42

Foto: reprodução

Há quase dois meses a estudante Marília da Silva Chagas não tem mais sossego. O motivo se deve ao desaparecimento do seu irmão, Wellington Francisco da Silva Chagas. Segundo informou Marília a este Blog, seu irmão foi levado do Centro Pop da Vila Eduardo, em Petrolina, por equipes de policiais civis e militares no último dia 14 de novembro. Desde então, Wellington não de mais notícias.

Marília, que é natural da cidade de Xique-Xique, admitiu que o irmão é viciado em álcool e, provavelmente, em drogas. Mas obteve informações de que, no dia em quem foi levado da instituição municipal, ele estava ‘limpo’ há dias. “Até porque o Centro Pop não aceita receber nenhuma pessoa bêbada ou drogada”, disse. Mas esse, para a estudante, parece ser o menor dos problemas.

Após buscar informações sobre o paradeiro do seu irmão nas delegacias, penitenciária e até no fórum de Petrolina, sem conseguir êxito, Marília prestou um Boletim de Ocorrência (B.O). Não demorou muito e ela tomou conhecimento acerca de um corpo do sexo masculino, encontrado no Rio São Francisco no último dia 1º. Ao procurar o Instituto Médico Legal (IML), a estudante se mostrou quase convicta de que se tratava do irmão desaparecido, apenas pela foto que teve acesso do corpo encontrado.

Ela conta que, mesmo superficialmente, conseguiu reparar detalhes no corpo encontrado no rio que se assemelham muito com o irmão desaparecido. “Não deu pra reconhecer bem, porque (o corpo) está bastante inchado. Mas achei parecido o cabelo, o músculo, a barriga. O corpo também está com uma blusa verde, a mesma de uma foto que ele mandou dias antes pro meu irmão”, informou. O órgão, então, fez os exames das digitais e descartou ser de Wellington. Porém, Marília contestou veementemente o resultado e, a partir de então, vem pressionando o IML.

Desabafo

A estudante cobra da Polícia Científica um novo exame, desta vez da arcada dentária ou de DNA, ou ao menos que possa ter acesso ao corpo para ver alguns detalhes. “Meu irmão tem uma tatuagem no braço, mas eles estão se negando a me deixar entrar para ver o corpo”, desabafou. Marília disse ainda que seu pedido referente a um novo exame também foi negado.

Nessa queda de braço, a estudante deixa claro que não pretende comprar briga nem atribuir uma possível morte do irmão a nenhum órgão de segurança pública, até porque sabia que a situação de Wellington o colocava em risco. A única coisa que pretende é levar o corpo do seu irmão, caso isso seja confirmado, para que a família possa sepultá-lo em sua terra-natal. Para isso, ela disse já ter solicitado o apoio até mesmo da Prefeitura de Xique-Xique. De qualquer forma, qualquer notícia sobre o paradeiro de Wellington pode ser repassada por meio dos seguintes contatos: (87) 9 8130-9280 ou (74) 9 9801-5736. A reportagem também vai tentar falar com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco sobre o assunto.

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