Neste artigo enviado ao Blog, o estudante Iago Lino Araújo Feitosa, que cursa Administração na Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), suscita questionamentos sobre o que considera “gastos excessivos”  na campanha eleitoral do Diretório Central Estudantil (DCE) da instituição.

Confiram:

A Facape vive dias agitados nestas últimas semanas com a eleição para o Diretório Central Estudantil. É um entra e sai danado de pessoas nas salas, mostrando suas propostas ou tentando desqualificar as propostas das outras chapas. O que parece bom, já que nunca tivemos uma eleição tão badalada como esta.

Entretanto, o que me chama atenção é o interesse recente por este órgão estudantil que sempre viveu no ostracismo, sem força, sem a devida confiança por parte dos alunos, a tal ponto da última diretoria, eleita não se sabe como nem quando, abandonar o DCE, fechando as portas e entregando as chaves à direção da Faculdade.

De repente, o que se vê é uma luta ferrenha por um DCE que até poucos dias ninguém tinha a mínima ideia do que é ou para que serve. E digo ‘ferrenha’ porque a disputa chegou às raias do absurdo, com o montante de dinheiro provavelmente empregado por algumas das chapas.

Pode-se ver pelos corredores da Faculdade muitos folders e adesivos, alguns bem trabalhados e caros, muitos banners de tamanhos e material consideráveis, além, é claro, dos outdoors na entrada e dentro da Faculdade, ocupando um espação que normalmente era utilizado para propaganda oficial da Instituição, como a abertura de vestibular ou outra questão relevante que a Facape queria levar ao conhecimento da sociedade.

Agora, o que temos são chapas medindo força. Cada uma com um outdoor mais bonito e mais caro que o outro. Há uma chapa que tem dois contra um da outra, e uma chapa que até agora não possui nenhum, talvez por estratégia de marketing ou por falta mesmo de recursos, já que são caríssimos esses meios de divulgação.

Diante disso, eu gostaria de perguntar por que se está gastando tanto dinheiro numa eleição para o DCE Facape? E de onde vem todo este dinheiro? Quem são os financiadores das três chapas? Haverá prestação de contas das campanhas aos alunos? Como pagarão aos financiadores, se o DCE não tem fonte própria de renda? E, por último: quem está por trás de cada chapa e que interesses defendem? De quais partidos políticos estes candidatos estão a serviço? Ou são mesmos tão generosos a ponto de renunciarem a sua carreira profissional, como um deles afirmou em carta aberta aos estudantes, para se dedicarem integralmente a um órgão que não remunera ninguém?

Iago Lino Araújo Feitosa/Estudante-3° Período de Administração de Empresas/Facape