Os estudantes de ensino médio e de cursinhos pré-vestibulares cumpriram o que prometeram e saíram às ruas em Petrolina, na tarde de ontem (07), para protestar contra a substituição do antigo vestibular pelo novo Enem.
Na verdade, o âmago dessa questão não está exatamente no novo modelo escolhido pelo Ministério da Educação para o ingresso dos secundaristas nas universidades brasileiras. O problema, segundo eles, é a pressa das insituições superiores de ensino em adotar o novo Enem.
Segundo informações da classe estudantil, no Nordeste apenas a Univasf e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) adotaram o sistema.
Ou seja: as demais continuarão optando pelo vestibular para definir os futuros universitários. Ao estudante que deseja cursar alguma universidade, à exceção das duas citadas, ele terá obrigatoriamente que ir até a cidade onde a mesma esteja localizada para prestar o exame vestibular.
Por outro lado, quem vai optar pela Univasf ou UFRPE, poderá fazer o novo exame da cidade onde mora e, com a nota obtida do Enem, poderá escolher até cinco opções de cursos em até cinco universidades.
“Enquanto todos os vestibulandos do país podem concorrer a uma vaga na Univasf, nós que vamos fazer o vestibular unificado não teremos direito de concorrer às vagas nas outras universidades do país, nem mesmo aqui no Nordeste. Essa decisão do reitor feriu a democracia”, protestou a estudante Wilma Camila, de 20 anos, referindo-se ao reitor da Univasf, José Webber Freire.
A polêmica promete não parar por aí. Os estudantes pretendem, em breve, solicitar dos vereadores de Petrolina uma audiência pública para discutir melhor o assunto.
como assim so univasf e ufrpe? a ufba, a ufma ja adotaram. essas que eu sei, a pergunta eh… quem não vai adotar?
o povo sai as ruas e nem sabem armar um protesto, o que um vereador pode fazer numa universidade federal? um vereador não pode nem trocar uma lampada na UNIVASF, ta fora da jurisdição deles
A Democratização do Ensino Superior passa pelo Novo ENEM
A democratização do acesso à universidade pública é uma bandeira histórica defendida pelos movimentos sociais. O MEC no dia 8 de abril lançou uma proposta de criação de um novo exame nacional de avaliação do ensino médio (ENEM), e de um sistema de seleção unificada para o ensino superior. As instituições de ensino superior têm autonomia para decidirem se querem aderir ao novo sistema. Esta proposta de acabar com o vestibular que temos hoje como forma de acesso por si só não democratiza o acesso a universidade, mas certamente avança muito neste sentido. Essa medida deve vir acompanhada com o aumento de verbas para as universidades, com uma política de assistência estudantil, e principalmente com a melhoria dos ensinos fundamental e médio públicos.
A proposta do MEC de unificar o acesso às universidades públicas e particulares através do ENEM, que será reformulado, traz uma discussão importante para dentro das universidades de disputa de projeto de sociedade, no sentido que traz mudanças significativas no acesso ao ensino superior e na política de permanência estudantil.
O PT e a JPT sempre defenderam uma nova forma de acesso e entrada nas universidades brasileiras. Isso sempre fez parte de um projeto de sociedade justa e libertária. A construção de uma Universidade Democrática e Popular também passa por democratizar e ampliar o acesso a ela. E na medida em que se amplia o acesso, e a democratiza, maior se torna a necessidade de garantir a permanência do e da estudante na universidade. Políticas de assistência estudantil se tornam fundamentais para garantir a construção dessa universidade. Para isso é necessário a garantia de recursos para assistência com rubrica específica.
Do ponto de vista do acesso, a proposta amplia e democratiza a entrada dos e das estudantes no ensino superior. A proposta do novo ENEM prevê uma mudança radical dos critérios de avaliação cobrado para entrada no ensino superior. Saímos de uma avaliação conteudista, que não valoriza a capacidade de interpretação da juventude e que não respeita os parâmetros curriculares nacionais dos ensinos fundamentais e médios. A forma de vestibular que temos favorece a lógica de mercado da educação com a propagação exponencial dos cursinhos pré-vestibulares, que priorizam a decoreba de fórmulas e regras que não fazem o menor sentido para a realidade de nossa juventude. Defendemos uma forma de avaliação que valoriza a interpretação, a leitura, o raciocínio lógico e a análise do conteúdo aplicado a sua realidade e temas que cercam nosso cotidiano.
Ainda no tocante a democratização do ensino, temos a reserva de 50% das vagas das federais para os estudantes oriundos da escola pública. Está sim vem para pagar uma divida histórica com a população mais pobre deste país.
Mesmo que alguns conservadores, digam que os estudantes egressos do ensino público não teriam condições de entrarem na Universidade Pública, está afirmativa cai pro terra quando números do MEC comprovam que estes estudantes têm notas superiores ou iguais aos que passaram a vida no ensino privado.
Isso inverte a lógica dos vestibulares tradicionais conteudísticos que por sua natureza geram desigualdades de participação, onde prevalece a lógica financeira (condições de pagar um cursinho pré-vestibular, uma escola particular que não tem compromisso com uma educação emancipadora, mas apenas focada em um treinamento para fazer uma prova).
Mas para superar de vez a lógica dos cursinhos pré-vestibular é preciso mais que mudar o conteúdo das provas. É necessário o estabelecimento de uma avaliação seriada, que os estudantes sejam avaliados nos 3 anos do ensino médio e não somente no último ano com apenas uma prova.
Outro fator importante é que esta proposta caminha no sentido da construção de um sistema nacional de educação. As universidades teriam um instrumento único de ingresso e o ensino médio no Brasil teria que unificar seus currículos e as matérias oferecidas, eliminando as barreiras regionais hoje existentes no nosso sistema educacional. Um/uma estudante que tem que mudar de cidade, região ou estado sente na pele essas discrepâncias de não termos uma política nacional de educação, ou de uma educação voltada apenas para as provas de vestibulares de cada estado e região, e não por uma educação emancipadora. Por isso será fundamental que esta discussão seja feita na Conferência Nacional de Educação em que a pauta central será a formação de um sistema nacional articulado de educação.
Outra mudança importante na estrutura hoje da demografia das universidades é a possibilidade de maior mobilidade. Atualmente, um dado assustador é que apenas 1% dos/das estudantes universitários/as saíram de sua cidade natal para frequentar um curso superior. Isso indica que se um jovem nasce em uma cidade/região que não possua uma universidade ou faculdade, ele não tem condições de ingressar em um curso superior. Este dado derruba por terra a tentativa das criações das cotas regionais tão defendidas pelos detentores do ensino privado na região.
Essa maior entrada de estudantes das classes populares e numa maior mobilidade estudantil traz à tona a importante discussão da assistência estudantil. O MEC junto com a proposta de reformulação do ENEM, garante para as universidades que aderirem à proposta um acréscimo na rubrica específica para assistência estudantil de R$ 200 milhões por ano. É um avanço, porém ainda insuficiente para as atuais demandas existentes e para as novas que serão criadas com a maior mobilidade estudantil. É tarefa dos movimentos educacionais ir para rua e fazer a disputa para garantir o aumento da rubrica específica de assistência estudantil.
Cabe a nós que fazemos parte da UNE, UBES, UEP, DCE’s, D.A.’s, das juventudes partidárias e de todos os grupos e organizações juvenis fazerem a defesa deste projeto de educação. Temos que ocupar as conferencias municipais, estaduais e nacional de educação que terão inicio no mês de maio do corrente ano, para que possamos juntos fazermos as transformações que nosso Sistema Educacional Necessita.
Jonhdeible Oliveira dos Anjos é Sec. da JPT, membro do Movimento Mudança e do Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis.
Caros amigos, o que os alunos estão requerendo é que as mudanças – bem-vindas ao processo seletivo brasileiro – sejam mais bem esclarecidas , possam estar na pauta durante um período de adaptação e conhecimento da comunidade estuadntil, para que seja adotada em sua plenitude. Foi isso que fez a UFBA, primeira universidade do Nordeste a pedir a mudança. Nessa universidade, este ano, o Enem será utilizado apenas para a 1ª fase. No ano que vem, adotará por completo.
O reitor da Univasf radicalizou na adoção, sem discutir com a sociedade estudantil. Ele poderia ter adotado a mudança paulatinamente, como tem feito outras federais do país.`
Está tão clara a precocidade da adoção total, que até a prova de língua estrangeira foi tirada do processo este ano. Só decidirão pelo inglês ou espanhol no ano que vem.
É preciso entender que tanta indefinição mexe com o emocional de jovens que precisam tomar decisões tão importantes agora, que serão levadas para a vida toda.
Obrigada pelo espaço.
Vera que saudades de voce… s2
Um beijão
Obrigado pelas dicas quase passei em Direito-UNEB (53)
Tirei 13,0 na Redação… tenki iu…
Ass: Cícero
Edson Ribeiro
Juazeiro da Bahia
2008 – Terceirão
Caro amigo sabe-se que o atual processo seletivo das universidades precisa ser reciclado, no entanto, com calma. Toda mudança na educação precisa ser gradativa, para que o alunado possa se adaptar. Isso não se encaixa dentro de quatro meses, assim como a reforma ortográfica esta tendo um período de adaptação, o vestibular também precisa. Não somos contra o projeto do governo, somos contra a adoção como única fase, pois desta forma prejudicará os alunos das regiões menos favorecidas. Ademais o curto prazo da divulgação dessa mudança, não interfere somente no tempo de estudo do aluno, como também no seu psicológico. Não deixando de ressaltar que até agora os assuntos não foram divulgados, o que prejudica mais ainda o aluno.
Seguindo assim, não terminarei de expor os inúmeros prós desse no novo processo.
Logo, essa mudança esse ano é duvidosa e incoerente, mesmo por que nunca tivemos um processo seletivo dessa abrangência.
Carta aberta ao povo do Vale do São Francisco
“O filho do pedreiro vai poder virar doutor!”
Nós, estudantes secundaristas e universitários, lideranças do segmento estudantil, que historicamente lutamos por uma educação pública de qualidade, que sirva ao desenvolvimento, ao progresso e ao avanço da conscientização social de nossa nação, vimos aqui, esclarecer alguns fatos que na atualidade ocorreram.
Observa-se, historicamente, o reflexo das desigualdades sociais em nosso País. De forma mais clara e presente em nossas Universidades, onde geralmente quem tem um poder aquisitivo maior, é quem ocupa as vagas nas Universidades Públicas, através do modelo meritocrático de acesso que é o vestibular. E os estudantes, principalmente, das Escolas Públicas acabam ficando do lado de fora, sem perspectivas de continuar os seus estudos, por não poderem pagar um “cursinho pré-vestibular”que o condicione a disputar uma vaga na universidade pública com o estudante da rede privada.
Defendemos a RESERVA DE VAGAS (PROJETO DE LEI 73/99), que estabelece 50% das vagas da Universidade para estudantes das Escolas Públicas, porque queremos uma Universidade democrática, de caráter popular. Que sirva para superar os desafios que nossa nação precisa, e não que sirva apenas para a lógica mercadológica.
Queremos o FIM DO VESTIBULAR, porque achamos que o vestibular é um modelo atrasado, vencido e elitista. Queremos novas formas, mais democráticas, de acesso a Universidade. A proposta de implantar-se o ENEM como novo mecanismo de ingresso ao Ensino Superior brasileiro, mostra-se, claramente, ser uma proposta mais avançada e mais democrática de ingresso, além, de mostrar que devemos ver a educação como um sistema integrado, e não como algo fragmentado.
Por isso, dizemos SIM a Reserva de Vagas!
E SIM ao ENEM como novo mecanismo de acesso a Universidade!
Patricio Nunes Ex. Presidente da UESP, Queremos o fim do vestibular acesso livre para todos sem dinstinção de raça, cor ou credo e precisamos de mais investimentos de pesquisas e mais universidades para todos.
Cadê o movimento estudantil secundarista de Petrolina? A onde fica localizado a sede da UESP? Cadê a luta pela casa do estudante? Essas são algumas perguntas que deixo para você internalta, nada contra a atual diretoria da UESP, mais como ex-integrante do movimento estudantil de Petrolina, fico muito triste com o movimento estudantil de hoje, pois esta na hora do estudante ir as ruas lutar por uma escola publica gratuita e de qualidade, lutar por mais segurança nas escolas, lutar em defesa de mais cursos tecnicos, lutar em defesa do rio são Francisco que esta morrendo,realizar campanha de Sou da Paz nas escolas, realizar encontro de Gremios e solicitar urgentimente por uma sede propria pois uma entidade que representa mais de 70000 estudante sem entidade é uma vergonha e varias outras bandeiras de lutas. Portanto esta na hora da UESP ir as escola e formar os Grêmios Estudantis para deixamos a UESP cada vez mais forte e representativa. Um abraço e saudações estudantis, Patrico Nunes Ex-Presidente da UESP