Estudantes retirados da Univasf criticam postura da instituição e do reitor

por Carlos Britto // 21 de maio de 2009 às 20:43

estudantes-univasf1Os estudantes secundaristas da região que foram retirados do prédio da reitoria da Univasf na noite de terça (20) criticaram a “postura irredutível” da universidade e o “autoritarismo” do reitor José Weber Macedo.

Cerca de 200 estudantes ocuparam a Univasf, por volta das 11 horas, na tentativa de entregar ao reitor um requerimento do deputado federal Gonzaga Patriota, subscrito por mais de 60 parlamentares do Congresso. O documento propõe o adiamento do novo Enem como critério seletivo para o vestibular – conforme estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) – em outubro.

Weber Macedo não estava. O grupo foi atendido pelo vice-reitor, professor Paulo César Lima, que recebeu o requerimento, mas segundo os estudantes, não quis diálogo. Em protesto eles decidiram dormir na universidade até serem atendidos, mas um mandado de reintegração de posse impetrado pela direção da Univasf pôs fim ao protesto.

A Polícia Federal foi acionada e por volta da meia-noite da quarta (21) o grupo deixou as dependências da instituição. Mesmo assim ainda ficaram mais duas horas em frente da Univasf. “Alguns estudantes foram a pé pra Juazeiro, de madrugada. Outros que vieram de fora nós hospedamos em nossas casas”, informou Rigel Castro, um dos líderes do movimento.

Rigel disse que a comissão dos estudantes irá contestar judicialmente a reintegração de posse, por considerá-la irregular. “Disseram que impedimos o funcionamento de toda a universidade. Isso não aconteceu. Nosso movimento foi pacífico. Eles criaram um ambiente para não estarmos lá”, denunciou o estudante.

Sobre a discussão em si, ele diz não ser contra as cotas nem o novo Enem, mas ratifica que o novo modelo de vestibular aplicado pela Univasf de forma açodada, vai sim, prejudicar os estudantes do Vale do São Francisco.

“o próprio ministro Haddad (Educação) disse que só serão prejudicados os estudantes que não farão uma segunda fase do vestibular, e é esse o modelo adotado pela Univasf”, pontuou Rigel.

O espaço está aberto para o reitor da Univasf, José Weber, ou algum outro representante da Univasf, possa esclarecer sobre o assunto.

Por Antonio Carlos Miranda       

Estudantes retirados da Univasf criticam postura da instituição e do reitor

  1. Opara disse:

    Já que o Reitor comporta-se de forma intransigente, a saída é uma grande manifestação para derrubá-lo. Enquanto houver diferenciação no voto do acadêmico s e dos funcionários, não existirá democracia plena.

  2. Marcelo disse:

    Todas as grandes intituições de ensino adotam como padrao um voto diferenciado entre funcionarios e os de estudantes. A comunidade dicente é muito maior que as outras, por isso tem que ser feita uma diferenciação. Senao os estudantes mandarão na universidade, o que nao pode ser feito. Se nao houver divulgação vira bagunça

  3. Raul disse:

    A democracia plena a que se refere o OPARA ja existe dentro da UNIVASF … pois os votos são iguais para docentes, discentes e funcionários.

  4. Ana Cristina disse:

    O reitor está certo!!

  5. Opara disse:

    Raul… se já é feito dessa forma… não há o que mudar.
    Ana Cristina… nesse mundo ninguém está certo ou errado… por isso é que a democracia determina que a vontade da maioria deve prevalecer… sempre é claro… preservando o direito das minorias.

  6. marcos disse:

    A galera na universidade tem medo do reitor…vejo isso lá.Só Flavio do “D.A” tem coragem de enfrenta-lo !!

  7. Marcos Gustavo disse:

    Só complementando e corrigindo a notícia, quem conseguiu a reintegração de posse da Univasf foi a Advocacia-Geral da União, através da atuação dos Procuradores Federais.

    No momento da desocupação, cerca de 50 alunos ocupavam a Universidade.

    A liminar foi concedida às 10:00 da noite e cumprida por volta de 23:30 h.

  8. Melissa disse:

    Marcos Gustavo

  9. Melissa disse:

    Marcos Gustavo, estou com a copia do documento aqui…e este documento tem a hora em que se começou a ser assinado… no minimo umas 6 pessoas assinaram….e ate que os estudantes arrumassem suas coisas e desocupassem o predio deu mais de 30 minutos…e se vc sabe fazer contas…então some!!!!!!!!!!!!!!

    o minimo que Advocacia-Geral da União, através da atuação dos Procuradores Federais DA UNIVASF deveriam ter feito, era ter escoltado os estudantes ate um local seguro…pois não havia mais onibus este horario….mesmo pq eles só queriam se fazer houvir…em nenhum momento eles fizeram baderna ou vandalismo…

    Se estes estudantes nao tivessem nenhum argumento que fosse util, o PROCURADOR FEDERAL FABIO CONRADO não teria dado uma entrevista no jornal Gazzetta de Petrolina tão favoravel a ELES!!!

  10. Melissa disse:

    Ana Cristina

    A adiministração da Univasf deve ficar por conta de um nordestino, que tenha como meta o desenvolvivemento de seu povo.

  11. Yeshua disse:

    Na verdade o grande intuito do movimento era se fazer ouvido por autoridades competentes, e isso foi garantido e consumado pelo procurador Dr.Fabio Conrado. Que está analisando as reivindicações. Se tal procurador considerar plausíveis as reivindicações, com certeza, tomará as medidas corretas.
    O que importa agora é, na verdade, haver a ampliação do debate no âmbito escolar, tanto o público quanto o particular, na tentativa der quebrar os paradigmas arraigados irresponsavelmente ao movimento.
    Não somos contra as cotas, não somos contra o Novo ENEM, e sim somos contra qualquer forma de imposição sem que aja um amplo debate com a sociedade. Somos contra medidas autoritárias tomadas por pessoas que, de fato, não conhecem, ou fingem não conhecer os anseios sócias. Queremos um momento de transição para que possamos nos adaptar ao novo e só assim o NOVO poderá chegar sem que ajam maiores danos à população!
    A LUTA NÃO PODE PARAR!

  12. Jana disse:

    Melissa!!!

    Acho que vc terá que estudar um pouco mais para entrar em qualquer Universidade pública, de qualidade e gratuita…..independente da “adiministração”, como vc escreveu, não passará em nenhum vestibular, com ou sem ENEM.

  13. melissa disse:

    Cara Jana:
    um erro de digitação comum a qualquer mortal!
    Qual a cadeira que vc ocupa na Academia Brasileira de Letras????
    Estou nessa luta não somente por mim, penso no bem geral da comunidade em que vivo! Fico feliz com o bem do próximo!
    Obrigada pela atenção

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários