Estudos revelam que 2023 foi o ano mais quente já registrado

por Carlos Britto // 28 de maio de 2024 às 20:00

Foto: Reprodução DP

O planeta Terra vivenciou, em média, 26 dias adicionais de calor extremo nos últimos 12 meses, conforme revela um relatório publicado nesta terça-feira (28) por quatro centros de estudos climáticos. Sem as mudanças climáticas, essa elevação não teria ocorrido. O calor é identificado como a principal causa de morte relacionada ao clima. O relatório, divulgado pelo Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, pela rede científica World Weather Attribution e pela ONG Climate Central, destaca o papel do aquecimento global na intensificação das condições meteorológicas extremas.

Os cientistas analisaram os anos de 1991 a 2020 para determinar as temperaturas mais altas, e depois compararam com os 12 meses até 15 de maio de 2024. Concluíram que as mudanças climáticas causadas pelo homem acrescentaram, em média, 26 dias de calor extremo globalmente.

O ano mais quente já registrado

O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, segundo o monitor climático da União Europeia, Copernicus. Ondas de calor extremas atingiram diversas partes do globo, incluindo México e Paquistão. Nos últimos 12 meses, aproximadamente 6,3 bilhões de pessoas – cerca de 80% da população mundial – enfrentaram pelo menos 31 dias de calor extremo. Foram registradas 76 ondas de calor em 90 países, abrangendo todos os continentes, exceto a Antártida.

Impacto na América Latina

Cinco das nações mais afetadas estão na América Latina. O Suriname, por exemplo, teria registrado 24 dias de calor extremo sem as mudanças climáticas, mas enfrentou 182 dias. No Equador, foram 180 dias em vez de 10; na Guiana, 174 em vez de 33; em El Salvador, 163 em vez de 15; e no Panamá, 149 em vez de 12 dias.

Consequências mortais

O calor extremo é uma ameaça letal que, segundo a Cruz Vermelha, matou dezenas de milhares de pessoas nos últimos 12 meses. O número real pode ser de centenas de milhares ou até milhões. Jagan Chapagain, secretário-geral da Federação Internacional da Cruz Vermelha, destacou que, embora inundações e furacões ocupem as manchetes, os impactos do calor extremo são igualmente mortais. (Com informações do Diário de Pernambuco)

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