Já dura quase 60 dias a dor da mãe do policial militar Edjemmy Silva Santos, de 33 anos, assassinado no bairro José e Maria, Zona norte de Petrolina. Em entrevista exclusiva ao Blog, Dona Zilda Silva, emocionada, contou como está enfrentando essa perda. “Ele era o meu filho mais novo, era um filho muito especial. Eu penso nele todo momento, sinto muita falta. Meu filho era um irmão, um bom pai, ligado à família. Eu oro a Deus todos os dias para superar essa perda”, lamentou.
De acordo com Dona Zilda, o filho de Edjemmy, de 4 anos de idade, também está sofrendo. “Desde a morte do pai, ele nunca mais teve saúde. Todo dia fica febril, sentindo a falta do pai”, disse ela, informando que as únicas pessoas que lhe procuraram até o momento foram os amigos policiais de seu filho. “Os amigos dele vêm aqui e nos dão força. Esses são os verdadeiros amigos”, lamenta ela, criticando os Direitos Humanos da cidade. “Se fosse um vagabundo que tirasse a vida de um pai de família, aí apareceria gente dos Direitos Humanos“, desabafa.
Dona Zilda disse que ainda não sabe o que aconteceu durante a ação que resultou na morte de Edjemmy. “O que eu sei foi o que falaram na imprensa, que tudo aconteceu porque meu filho estava no lugar errado, na hora errada. Mas eu acredito que um dia eu vou saber quem fez isso com meu filho, porque eu confio na Justiça de Deus, pois ela não é falha”, relatou.
Profissão desvalorizada
A mãe do PM Edjemmy disse, ainda, que a profissão de policial é ingrata e desvalorizada. “A profissão de policial é ingrata, ninguém dá valor. A mãe que tem um filho policial sofre muito, porque ela não sabe se o filho dela vai voltar”, desabafou, questionando: “Será se a droga é melhor do que a vida do ser humano?”.
Ela disse também que vai carregar essa dor para o resto de sua vida. “Eu não queria ter enterrado meu filho, eu queria que ele me enterrasse. Um dia eu vou saber quem fez isso com o meu filho”, finalizou.
O caso
O policial Edjemmy Silva Santos integrava o grupo de Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas (Rocam), do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em Petrolina, e foi assassinado com um tiro na nuca em um bar na Avenida Principal do bairro José e Maria – segundo informações, após uma discussão com alguns homens que consumiam drogas no local.
O Blog não conseguiu um posicionamento da Polícia Civil de Petrolina sobre o andamento das investigações do crime. No entanto, em uma entrevista coletiva realizada no último dia 9 de março, os delegados Magno Neves e Sara Elíbia Rocha informaram que já tinham identificado as pessoas que tiveram efetiva participação nesse crime.
Que o senhor Deus na sua infinita bondade dê forças a essa mãe!
Post comovente, principalmente para quem tem um familiar que era colega do Edjemmy. Que Deus conforte esta senhora mãe e Conduza o rapaz para uma morada de LUZ e SABEDORIA.
Boa tarde!
Caro Carlos Brito, sou um ouvinte assíduo da programação da Rádio Jornal e ouvir atentamente a entrevista da Srª Zilda, e observando o texto há uma diferença na fala e o que está escrito,onde se ler “Se fosse um vagabundo que tirasse a vida de um pai de família, aí apareceria gente dos Direitos Humanos“, desabafa. Leia-se Se fosse uma pai de família que tivesse tirado a vida de um vagabundo, aí aparecia gente dos Direitos Humanos.
Obrigado!