O modelo de Parceria Público Privada (PPP) ganhou um novo defensor. Ao ser questionado sobre a adoção desse tipo de contrato na administração do Perímetro Pontal, na zona rural de Petrolina, o senador Armando Monteiro (PTB) defendeu veemente o modelo, mas com uma ressalva: apenas se a parceria entre o privado e o público resultar em investimentos concretos.
“Nós temos que ter uma abertura para novos modelos, desde que isso signifique a possibilidade de ampliar novos investimentos. O que nós assistimos no Brasil é que o país já não tem condições de bancar sozinho os investimentos. Eu aceito as PPPs, mas é preciso saber se esse contrato é efetivamente atrativo e se isso vai render resultados concretos, porque às vezes você faz a modelagem e nada acontece. Eu não tenho preconceito com modelos, eu quero ver acontecer”, explicou.
Para ter certeza se o modelo funcionará, o senador sugeriu um teste de mercado antes da implantação definitiva. No entanto, seria necessário criar uma PPP especial para o Nordeste, já que a região seria menos atrativa em comparação com o Sul e Sudeste.
“Vamos fazer um teste de mercado. Vamos mudar o prazo e ver se o investimento aparece. Para o Nordeste, teremos que desenvolver um modelo especial de PPP. Quando você compara, do ponto de vista do investidor privado, uma oportunidade de investimento no Sul e uma oportunidade de investimento no Nordeste, salvo em casos especiais, os investimentos no Sul são mais atrativos porque lá você tem melhor infraestrutura, mais volume de carga e os investimentos tem um prazo de retorno menor. É preciso que o estado entre, rentabilize o projeto e garanta um prazo de retorno mais curto para o investidor”, comentou.