Eventos em Juazeiro discutirão potencial e reprodução das plantas medicinais

por Carlos Britto // 29 de outubro de 2012 às 21:20

Experiências e resultados de pesquisas sobre o potencial medicinal de plantas e formas de propagação de mudas a partir de tecidos vegetais serão compartilhados e discutidos no 2º Workshop de Plantas Medicinais do Semiárido e no 1º Simpósio de Cultura de Tecidos Vegetais do Vale do São Francisco. Os eventos acontecem, simultaneamente, entre os dias 7 e 9 de novembro de 2012, no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro.

Fruto de uma parceria entre a Uneb e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), os eventos representam uma oportunidade para atualizar conhecimentos, discutir possibilidades e estimular as pesquisas nessas áreas. Para isso, foram convidados palestrantes de diversas instituições, com foco em diferentes linhas temáticas.

A intenção também é mostrar que, além da fruticultura, a região apresenta outros potenciais para exploração econômica, como o cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, e a utilização da cultura de tecidos para a produção de mudas em larga escala.

Na programação, as palestras acontecem nos dias 8 e 9, das 8h às 18h. No dia 7 haverá a abertura oficial do evento, às 19h. As inscrições já estão abertas e custam R$ 20 para estudantes e R$ 30 para profissionais. Os interessados podem acessar o site ou comparecer no DTCS da Uneb, das 8h às12h e das 14h às 17h.

Estudos para o futuro

As plantas medicinais apresentam potencial terapêutico e podem ser, em um futuro próximo, a fonte de medicamentos fitoterápicos e substâncias bioativas, segundo a pesquisadora da Embrapa Semiárido, Ana Valéria Vieira de Souza.

Algumas dessas plantas, como a aroeira, a umburana de cheiro e a baraúna, já se encontram na lista do Ibama como espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. Diante deste cenário, Ana Valéria aponta o importante papel da pesquisa para a produção e conservação dessas espécies, sendo a cultura de tecidos vegetais uma das principais alternativas.

Essa técnica é utilizada para o cultivo in vitro de plantas em condições assépticas e pode ser realizada a partir de qualquer tecido ou parte da planta. Por meio dela é possível obter milhares de mudas de plantas isentas de patógenos em um curto período de tempo e espaço físico reduzido. A partir de uma única planta, os clones são reproduzidos em laboratório e mantêm todas as características de interesse da planta matriz.

A professora da Uneb, Joselita Cardoso, acrescenta que a cultura de tecidos é uma das técnicas da biotecnologia usada para a propagação de plantas e também como ferramenta para melhoramento vegetal. “A obtenção de transgênicos, na maioria das vezes, passa por cultura de tecidos”, destaca. (Fonte/foto: Ascom Embrapa)

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