Como já tinha adiantado à imprensa pernambucana, a deputada federal Marília Arraes disse ser natural a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma candidatura própria do PT à Prefeitura do Recife este ano. Primeiro, segundo ela, porque Lula ainda é o maior nome da legenda no país e tem suas estratégias para 2022; segundo, pelas condições reais dos petistas de retomarem a prefeitura na capital do Estado.
A ‘pedra no sapato’ de Marília, no entanto, chama-se Humberto Costa. Para preservar a aliança com o PSB, na Frente Popular, o senador e um dos principais nomes do PT pernambucano não gostaria de ver a deputada sair candidata a prefeita. Em entrevista ao Programa Carlos Britto na Rural FM, nesta segunda-feira (27), ela disse não entender o posicionamento do diretório municipal do PT.
“Muitas vezes (numa eleição) há uma vitória política, mesmo quando não há vitória eleitoral. Nesse caso (em 2020) temos uma chance real de uma vitória política e eleitoral também, de fortalecer o partido e chegar mais forte em 2022. Até porque hoje nós temos a maior bancada de deputados federais. Mas se não houver disputas mais principais cidades…e nem se fala numa cidade onde a gente tem chances reais (Recife) com a nossa candidatura”, ponderou.
As articulações em torno de uma candidatura majoritária do PT na capital, e com Marília encabeçando esse projeto, podem começar a ser definidas na tarde desta terça-feira (28), numa reunião entre lideranças do partido e o ex-presidente, que acontecerá em São Paulo (SP). Também foram convidados os presidentes do PT no Recife e no Estado, Cirilo Mota e Doriel Barros, respectivamente, além de Humberto Costa. “Acredito que vai ser o início de uma condução desse processo, que na verdade para o (ex) presidente já está resolvido. Ele já tomou a decisão dele e já vinha expressando sua visão estratégica do que é melhor”, afirmou.
Executiva
Mantendo o otimismo num consenso quanto a essa questão, Marília informou que a decisão do partido sobre candidaturas próprias nas grandes cidades deve sair numa reunião da Executiva Nacional, marcada para o próximo dia 7/02. “Vamos ver se essa novela mexicana se transforma numa minissérie e a gente bota o bloco na rua já no carnaval, e começa a consolidar essa vitória, que estou bem segura que vai acontecer”, pontuou.
Sobre uma eventual disputa com seu primo, também deputado federal João Campos (PSB), Marília disse que política “não é assunto de família”. “Se fosse, talvez eu ainda estivesse no PSB, concordando com um monte de absurdo que tem acontecido em Pernambuco e no Recife. Já faz alguns anos que eu me posiciono na oposição. Então, não tem problema nenhum, ele é um adversário como outro qualquer”, pontuou.
Quando João da Costa esteve prefeito a incompetência administrativa deixou a cidade um caos.
O PT esta querendo novamente mostrar o jeito PT de administrar.