Um ex-aluno do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE)/Campus Petrolina Zona Rural realizará um sonho profissional de poucos. Egresso do curso de Viticultura e Enologia, o jovem Euclides Neto foi o único brasileiro a ingressar como bolsista na seleção de mestrado em Inovação do Enoturismo, através do Programa Erasmus Mundus, realizada neste ano.
Financiado pela União Europeia, o programa integra as Universidades de Rovira i Virgili (Tarragona, Espanha), de Bordeaux (França) e de Porto (Portugal), proporcionando uma experiência multidisciplinar.
“Vou estudar em três regiões que são referência no Enoturismo, tendo a oportunidade de entender como é o universo do vinho em cada um desses países. Vamos visitar várias vinícolas, entender na prática como funciona o turismo nessas empresas, como eles desenvolvem o marketing e quais são as ferramentas de inovação utilizadas”, afirmou o enólogo, que é natural de Ouricuri (PE), no Sertão do Araripe.
Foi por acaso, através de uma amiga, que Euclides soube do programa Erasmus Mundus. Após buscar informações sobre o mestrado, decidiu participar da seleção. Ao todo são 15 bolsas destinadas a pessoas de qualquer lugar do mundo que tenha graduação em uma área relacionada à uva e ao vinho.
Como critérios de seleção, o candidato deve ter ainda uma certificação em língua inglesa, currículo com experiências profissionais acumuladas e fazer uma carta de motivação, em inglês, descrevendo seu projeto de pesquisa para a tese. “Frisei que uma das coisas que sempre tive vontade de estudar é o que motiva as pessoas a quererem conhecer regiões que produzem vinho. Exemplo: ‘Por que você escolhe tal local e outro não? É a cultura, o patrimônio histórico, a fama, ou a beleza pitoresca do lugar que o instiga?“, explicou.
Expectativas
O questionamento reflete as expectativas de Euclides sobre os resultados do mestrado. “Eu espero principalmente expandir mais uma parte da profissão, trazer um conhecimento inovador, mergulhar realmente na forma como eles lidam com o enoturismo lá e entender de que forma posso trazer um pouco disso para minha região, para realidade local. Conseguir adaptar nem que seja uma ferramenta para fazer a diferença aqui é minha maior expectativa”. O enólogo inicia as aulas do mestrado em setembro. O curso tem duração de dois anos.