O flagrante da movimentação próxima de R$ 1 milhão por ano, transitando por uma de suas contas correntes na suposta compra de gado para abate, tornou o ex-comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), coronel da reserva Antônio Jorge Ribeiro de Santana, 56 anos, o primeiro oficial militar suspeito de lavagem de dinheiro na Bahia.
O caso veio à tona com o desdobramento da Operação Nêmesis – deflagrada em 5 de março -, com o cumprimento, na quinta-feira, 14, de seis mandados de busca e apreensão em residências e endereços comerciais de uma sobrinha do militar e de outros dois homens suspeitos de envolvimento no suposto crime.
A sobrinha dele, Miriam Nanci Santana Ferreira, 39 anos, empresária do ramo de açougues; o fazendeiro Zuldário Ribeiro de Oliveira; e o açougueiro João Francisco dos Santos, 50, que teria participação nos negócios de Nanci, prestaram depoimentos na sede do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), após uma espécie de convite. Eles foram surpreendidos por volta das 6h, com o cumprimento dos mandados, em Candeias (Grande Salvador), e Feira de Santana (109 km da capital).
Zuldário chegou a ser detido em flagrante por possuir duas armas ilegais (das quatro encontradas em seus endereços), mas livrou-se da prisão pagando fiança. Os três foram liberados.