Ex-presidente do TJ-BA presa na Operação Faroeste movimentou R$ 17 milhões sem origem comprovada, diz PF

por Carlos Britto // 29 de novembro de 2019 às 15:30

Foto: Correio

A desembargadora e ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro Barreto Santiago, foi presa preventivamente hoje (29) em nova fase da Operação Faroeste – que investiga esquema de corrupção e venda de sentenças no fórum. A Polícia Federal (PF) cumpriu ainda três mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em sua decisão, ele também converte as quatro prisões temporárias decretadas nos últimos dias em preventivas – quando não há prazo determinado.

Maria do Socorro já havia sido afastada do cargo dez dias atrás, quando foi deflagrada a primeira fase da Faroeste. Foi presa nesta manhã diante de indícios de que estaria destruindo provas e descumprindo a ordem de não manter contato com funcionários. Como base para a ordem de prisão, é citada a movimentação de R$ 17 milhões nas contas bancárias da desembargadora, parte dos valores sem origem comprovada.

Investigadores encontraram num endereço ligado a ela, joias, obras de arte, dinheiro em espécie e escrituras de imóveis. Para os responsáveis pela operação, esse conjunto de provas revela um indicativo de padrão econômico incompatível com os vencimentos de um servidor público.

A PF busca aprofundar a investigação sobre esquema de venda de decisões judiciais que tinha o propósito de legitimar a venda de terras na região oeste da Bahia. A grilagem teria sido praticada em até 360 mil hectares de terra, segundo a Procuradoria-Geral da República.

Como este Blog noticiou no último domingo (24), a Operação Faroeste já havia prendido o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, da 5ª Vara de Substituições da Comarca de Salvador, e afastados por 90 dias o presidente do TJ-BA, Gesivaldo Nascimento Britto, os desembargadores José Olegário Monção Caldas e Maria da Graça Osório Pimentel Leal, bem como a juíza de primeira instância, Marivalda Almeida Moutinho. Além da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, presa hoje.  (Com informações do Correio*)

Ex-presidente do TJ-BA presa na Operação Faroeste movimentou R$ 17 milhões sem origem comprovada, diz PF

  1. Sempre Atento disse:

    Mulher não roubavam no passado porque não tinham oportunidade,hoje mostra que é igual ou pior do que o homem no poder, só ler as notícias.

  2. Paulo disse:

    Na Bahia o governo e do pt ai sim aproveitam e fazem oque eles mais sabe vazer roubar.

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