Famílias de agricultores prometem fechar Ponte do Ibó em protesto contra Chesf

por Carlos Britto // 11 de janeiro de 2010 às 15:56

Ponte IbóO Movimento dos Atingidos pela Barragem de Itaparica (Mabin) vai fazer, no próximo dia 18, um protesto contra a Chesf, interditando a Ponte do Ibó (PE). Os integrantes do movimento acusam o órgão de enganar há 20 anos os agicultores reassentados e não reassentados nos projetos de irrigação.

O movimento só será interrompido depois que uma comissão comparecer para negociar com os líderes. Segundo Carlos Fonseca, secretário do movimento, o trabalhador não aguenta mais o que considera “um descaso” da Chesf para com a categoria. Agora um vendaval derrubou as plantações de bananas no projeto Fulgêncio em Santa Maria, causando mais prejuízos. Esses agricultores não são amparados por nenhuma lei e vão ficar no prejuízo.

Ele informa que a procuradoria em Paulo Afonso examina os documentos “a passo de tartaruga”. Com apoio dos índios a comissão do movimento pretende levar trabalhadores de Belém do São Francisco, Itacuruba, Rodelas, Floresta, Chorrochó, Abaré, Santa Maria  e Orocó. Mais de 3 mil trabalhadores serão esperados nesse movimento.

A Chesf tem uma dívida incalculável com esses municípios, pois os projetos não foram concluídos e a verba de manutenção que era de 2,5 salários, não passou de 1,5 salário e os trabalhadores querem a diferença.

Com informações de João Jodélio/Rádio Educadora de Belém

Famílias de agricultores prometem fechar Ponte do Ibó em protesto contra Chesf

  1. Luirick Barbosa disse:

    A ponte liga do lado baiano o Distrito de Ibó – Abaré – Ba ao povoado de Ibó Município de Belém do São Francisco no lado pernambucano.

  2. olhovivo disse:

    A Chesf tem uma grande culpa em tudo isso, pois acostumou mal a grande maioria desses acentados. A grande “maioria” dessas pessoas foram indenizados, ganharam casas e lotes onde não pagam um centavo de água e muitos recebem mas de um salário mínimo por mês já a mas de 20 anos. É claro que nesse meio existem as injustiças. Agora a Chesf está começando a cortar um pouquinho da mordomia. Vamos lembrar que a Chesf é uma empresa “pública”, portanto é dinheiro do povo.

  3. Girafa disse:

    concordo com Olhovivo.

    Temos que ter cautela ao analisar um protesto como esse. Agora que todo mundo tem o direito de organizar protesto, inclusive prefeito e secretário municipal, a coisa deve ser vista com muito cuidado.

    A CHESF assentou esse pessoal em perímetros públicos, dando uma oportunidade. mas tudo que é dado, não é recebido com o valor devido. Me impressiona saber que esse pessoal nem água paga, tem assistência técnica, e mesmo assim ainda não percebeu o que vem recebendo do governo federal.

  4. FABIO disse:

    MAS ACHO QUE VOCES ESTAO ENGANADOS ELES DERAM TERAAS IMPRODUTIVAS CORTARAM OS SALARIOS NAO EXISTEM MAS A E AGORA VAO COBRAR AGUA AMIGO E UMA TEM GENTE QUE RECEBERAM SEU LOTE SUA CASA E COMO DISSE OLHO VIVO O SALARIO E TEM GENTE QUE NAO RECEBEU NADA ATE HOJE NAO FORAM INDENIZADOS TENHO EXEMPLO MINHA MAE QUE ATE HOJE ESPERA SEU IRMAOS TODO RECEBERAM LOTE CASA SALARIO ELA NAO VIU NADA ATE HOJE E É DIREITO DELA RECEBER MEU AVÓ TINHA TERRAS E A CHESF ATE HOJE ENGANA NUNCA PAGOU A NINGUEM ESTA NA HORA DELA PAGAR O QUE DEVE TODOS QUE VAO RECEBER TEM PROVAS DE QUE NAO RECEBRAM ALI NAO É SEM TERRAS ESTAO PROCURANDO SEUS DIREITOS DESDE 1980 VEJA ISSO ESPERO QUE AGORA ELA PAGUE SUAS DIVIDAS COM RIBEIRINHO E MABIN

  5. Julio disse:

    Dentro dessa briga tem muitos oportunistas que se aproveitam da oportunidade para ganhar dinheiro sem trabalhar. Veja o caso que aconteceu em Brumadinho, tinha gente que morava a mais de 3OOKm do local da barragem e entrou com ação para ganhar a indenização de 200,00 mil reais, valor pago inicialmente. Isso é uma vergonha, falam dos políticos que são corruptos, mas se colocam no mesmo lugar deles.
    Existem muitos que recebem essa indenização ai há anos, e nunca moveram uma pedra para sair dessa situação, o mudo gira e dá volta e uma hora a fonte seca, é o que está acontecendo, pois tiveram 20 anos e não fizeram nada. Se fosse em outro país não durava 5 anos, está na hora do povo brasileiro entender que o TRABALHO DIGNIFICA e fica dependendo de bolsa não sei o quê do governo pelo resto da vida, isso não é vida, sinônimo de comodismo.

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