Mesmo mantendo o respeito e a admiração que nutre pelo ex-deputado Osvaldo Coelho (DEM) – o qual andou mais uma vez criticando o governo federal, num recente encontro do PSDB em Petrolina, sobre o Canal do Sertão pernambucano ainda não ter sido iniciado –, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho considerou “desinformadas” as declarações do tio.

Segundo Fernando, “é injusto” dizer que o projeto do Canal do Sertão estava pronto e só faltava decisão política para licitá-lo. “Foram feitos alguns projetos, antes da minha chegada ao Ministério da Integração, mas longe de dizer que o projeto já estivesse pronto”, ressaltou.

O ex-ministro adiantou que os próprios técnicos da Codevasf, empresa responsável pelo canal, podem dar um testemunho isento do que diz. FBC revelou que teve de recontratar, após assumir a pasta (há dois anos), vários estudos de pedologia da área de abrangência do projeto para promover a desapropriação de famílias por onde o canal irá passar.

Ele disse ainda que até o primeiro semestre do próximo ano o Canal do Sertão comece a virar realidade, porque a obra agora faz parte do programa ‘Mais irrigação’ – uma das conquistas do ex-ministro junto à presidente Dilma Rousseff. “O projeto nunca tinha feito parte sequer do PAC 1 (Programa de Aceleração do Crescimento), e nunca fez parte do Governo Fernando Henrique, nem dos programas prioritários do governo federal. E pela primeira vez, na nossa gestão, incluímos o Canal do Sertão como investimento prioritário que compõe o ‘Mais irrigação’”, avaliou. Abrangendo 17 municípios (inclusive do norte baiano), a obra prevê a irrigação de uma área de 160 mil hectares, gerando em torno de 300 mil a 400 mil empregos diretos na região.