FBC afirma que PSB “acertou” em entregar comissão provisória socialista a seu grupo em Petrolina

por Carlos Britto // 24 de outubro de 2015 às 19:26

FBC posse miguel

Convidado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) para participar, no Recife, do ciclo de debates ‘Diálogo Municipalista 2014 – Região Nordeste’ na última quinta-feira (22), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) reforçou as críticas do partido ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), de quem já foi ministro, e defendeu a decisão da direção estadual do PSB de colocar o comando da comissão provisória em Petrolina nas mãos de seu grupo político. “Foi uma leitura correta do resultado das últimas eleições no sentido de dar ao grupo majoritário do PSB as condições de encaminhar o projeto sucessório na cidade”, disse.

O senador negou que a preferência pelo deputado estadual Miguel Coelho, seu filho, para assumir a comissão provisória seja um indicativo de que ele venceu a quebra de braço com os demais pré-candidatos Lucas Ramos (deputado estadual) e Gonzaga Patriota (deputado federal). “O primeiro compromisso antes de chegar a 2016 é quebrar tensões e ruídos. O PSB vai ter candidato, mas poderá ser Miguel, Lucas, Fernando Bezerra Filho (seu outro filho e deputado federal). Poderá ser também um novo quadro que chegue ao PSB”, despista.

Nos bastidores, a escolha de Miguel como candidato do PSB a prefeito é dada como certa e o comparativo é feito com outra cidade onde o partido também vive uma disputa interna. Em Caruaru, o ex-governador João Lyra e o vice-prefeito Jorge Gomes disputam a comissão provisória da legenda e consequentemente o direito de indicar o candidato a prefeito. Lá, no entanto, a escolha ainda não foi feita e a explicação dada pelos dirigentes socialistas é de que a decisão sobre a comissão mataria a charada sobre que grupo teria a prerrogativa comandar a disputa municipal.

Dilma e governo federal – Ex-ministro de Integração Nacional do governo Dilma, Fernando Bezerra Coelho hoje avalia de forma negativa a gestão petista. “O governo está lento, tem errado sistematicamente, não tem dito a verdade sobre o quadro fiscal brasileiro e vem postergando medidas importantes para a gente sair rapidamente da crise. A falta de consistência nas ações governamentais está colocando em risco o próprio ano de 2016. Isso é abusar da paciência da população brasileira”, falou.

Impeachment

Apesar das críticas, o senador se colocou contra o impeachment da presidente diante dos fatos atuais e disse que essa decisão é do PSB e de “meia torcida do Flamengo e Corinthians”. Reforçando o posicionamento do partido, ele criticou a concentração de recursos pela União e defendeu um novo pacto federativo. “Os Estados e municípios estão enfrentando problemas de equilibrar suas contas”, declarou.

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