Federação PSOL/Rede poderá ter candidatura própria a prefeito de Petrolina em 24

por Antonio Carlos Miranda // 09 de junho de 2023 às 12:27

Foto: Duda Oliveira/Blog do Carlos Britto

Se a oposição em Petrolina andava discreta em relação às próximas eleições, bastaram duas semanas para mostrar que as legendas começam a se movimentar com mais força. Depois da plenária regional realizada pelo PT de Pernambuco no último dia 2, foi a vez da federação PSOL/Rede promover um encontro com seus filiados, que começou ontem (8) e será encerrado nesta sexta-feira (9) no Recanto Madre Paulina, Bairro Ouro Preto, zona oeste da cidade.

De acordo com o secretário de formação e fundador do PSOL, Leandro Recife (foto), a reunião tem o objetivo de discutir o processo de organização do partido, que passa – é claro – pela conjuntura de 2024. Nesse contexto, a hipótese de uma nova candidatura própria a prefeito de Petrolina é ventilada com boas chances de se concretizar. Até nomes já estão sendo colocados na mesa. Mas desta vez a decisão não sairá apenas do PSOL.

Pela primeira vez as eleições municipais no Brasil vão contar com esse sistema da federação. Então, os partidos que foram federados têm a obrigatoriedade de permanecerem juntos, e estamos com a Rede. Sendo assim, não podemos decidir sozinhos”, ponderou.

Em meio às comemorações dos 19 anos de fundação do PSOL, Leandro estima uma meta ousada para a legenda no ano que vem. “Hoje a gente já existe em mais de 3 mil municípios, mas queremos ter candidaturas em quase 4 mil municípios (em 2024)”, afirmou.

Câmara de Vereadores

Quanto à chapa proporcional, Leandro assegurou que a federação PSOL/Rede vai discutir estratégias que garantam chances reais de emplacar representantes à Câmara de Vereadores de Petrolina. Ele explicou que a reunião de hoje vai deliberar, primeiro, sobre a eleição formal do presidente da federação, para depois analisar a questão da majoritária e proporcional. “Dentro do PSOL a gente tem investido numa militância proativa, protagonista de sua própria história. Então a gente tem enaltecido a participação de mulheres, negros, LGBTs, de movimentos populares como figuras públicas que galguem esses espaços. Isso faz parte da estratégia do PSOL. É esse debate que vamos apresentar hoje para a Rede e, no ano que vem, para o conjunto da sociedade de Petrolina”, concluiu.

Ao longo das quase duas décadas, o PSOL é, no campo da esquerda progressista, o partido que mais cresceu de forma orgânica. “Nas eleições passadas, nós (federação) elegemos a mesma quantidade de deputados do PSB (14 deputados). Na primeira eleição que disputamos, quando Heloísa Helena foi candidata, a gente só elegeu três. Então, a cada eleição a gente cresce um pouco. De três foi pra seis, de seis foi pra 10, e agora chegou a 14”, finalizou. Na verdade, a legenda elegeu 13 parlamentares, mas como Marina Silva foi convocada pelo presidente Lula para sua equipe, a suplente dela, Luciene Cavalcante (PSOL-SP) passou a ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados.

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