O produtor rural Clodoaldo Alves Filho vai acionar judicialmente a Polícia Militar da Bahia (PMBA) por danos morais e materiais. Filho da vereadora de Juazeiro, Valdeci Alves (a Neguinha da Santa Casa), ele teve sua casa invadida durante operação policial ocorrida no último domingo (8), no Residencial São Francisco.

A este Blog, Clodoaldo informou saiu de casa acompanhando sua mãe, na manhã do domingo, num compromisso em homenagem ao Dia das Mães na comunidade rural de Lagoa da Areia. Depois disso, por volta das 14h, voltou para a residência, onde ele, a esposa e sua filha celebraram a data com a vereadora.

Após a reunião familiar, Clodoaldo e sua família foram ao Perímetro Irrigado Mandacaru, onde ele tem um lote destinado ao cultivo de mangas. Por volta das 19h, retornou ao residencial e deixou a esposa e o filho mais novo do casal. Em seguida saiu para pegar os outros dois filhos, quando recebeu a ligação de sua mulher informando-lhe que a residência tinha sido invadida. “Até então não tinha noção do que tinha acontecido. Quando cheguei, encontrei o sofá cortado, guarda-roupas quebrado. Destruíram tudo”, lamentou.

Clodoaldo descartou a hipótese de assalto porque percebeu que não havia levado nenhum objeto. Além disso, vizinhos o informaram que a Rondesp Norte – uma das companhias vinculadas à PMBA – tinha sido a responsável pelo ato. Ontem (9) pela manhã ele procurou a sede da 76ª Companhia Independente (CIPM) para esclarecer o ocorrido e ouviu um pedido de desculpas. Clodoaldo também foi informado de que uma sindicância será aberta pela corporação para investigar o fato, o que pode culminar na punição dos PMs responsáveis pelo equívoco.

Processo

Mesmo tendo aceito as desculpas, Clodoaldo não se deu por satisfeito e garantiu que acionará judicialmente a PMBA por danos morais e materiais. “Eu disse a eles que, hoje, o cidadão anda com medo, porque da forma truculenta como alguns policiais trabalham, colocam todos na mesma balança”, concluiu. Através de e-mail, a reportagem procurou o Comando de Policiamento Regional Norte (CPRN) – braço da Polícia Militar em Juazeiro – sobre o fato, mas até o momento não obteve retorno.