Tudo leva a crer que o assassinato brutal da adolescente Adrieny Gonçalves dos Santos, de 12 anos, ocorrido no Distrito de Izacolândia, Zona Rural de Petrolina, na madrugada de ontem (25), tinha as drogas como pano de fundo. Essa é a principal linha de investigação trabalhada pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), que realizou uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (26) para apresentar detalhes do caso.

O corpo de Adrieny foi encontrado ainda na manhã de ontem, em uma unidade escolar desativada, e estava quase todo carbonizado. Menos de 24 horas após o crime, a PCPE conseguiu prender um dos suspeitos – de 58 anos. Outro envolvido conseguiu fugir e até o momento não foi localizado.

De acordo com Gabriel Sapucaia, titular da 25ª Delegacia de Homicídios (DH), uma testemunha ocular do crime contou que a menina foi atingida provavelmente por um pedaço de pau usado pelo assassino. “Conseguimos coletar informações de que os suspeitos tinham uma certa relação de proximidade com a vítima”, frisou.

O delegado adjunto da 25ª DH, Neilson Albuquerque, revelou que a vítima era usuária de drogas e vinha praticando pequenos furtos na comunidade para manter seu vício. A garota chegou, inclusive, a levar um botijão de gás da residência do assassino, o que teria sido a gota d´água para o crime. “Ela praticou esse furto e levou outros pertences dele. A partir de então, ele passou a ameaçá-la. No dia anterior ao crime, ele ingeriu bebida alcoólica e consumiu drogas com um segundo suspeito, que se encontra foragido, e na madrugada ele consumou o delito”, informou. Albuquerque disse que ele chegou a negar o homicídio, mas segundo a testemunha arrolada pela polícia, foi possível confirmar que o homem e seu comparsa eram os autores.

Antecedentes

Ele destacou também que o próximo passo da PCPE é representar, junto ao Judiciário, pela prisão preventiva do segundo envolvido. Albuquerque contou ainda que a vítima e sua mãe haviam chegado há aproximadamente um mês à Vila de São Joaquim, em Izacolândia. A menina logo passou a se envolver com crack, juntamente com sua mãe, a qual foi embora da comunidade. Adrieny, então, foi acolhida por uma moradora que vivia na unidade escolar desativada, onde ocorreu o crime.

Os delegados informaram ainda que os dois acusados pela morte de Adrieny têm antecedentes criminais – o que executou o homicídio, por tráfico de drogas em Salgueiro, e o foragido, por roubo e homicídio.