O diretor-presidente da Agência Reguladora de Petrolina (Armup), Rubem Franca, manifestou preocupação em relação à atual situação do abastecimento de água tratada em Petrolina pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e voltou a questionar os investimentos da empresa na cidade. Em entrevista a este Blog, ele cravou: “Petrolina vai parar, porque a Compesa não tem condições de entregar água para os que já moram, para os empreendimentos existentes, nem para os novos.”
Rubem afirma que a Compesa passou os últimos 30 anos sem promover investimentos de grande relevância na cidade. “Os investimentos que chegaram aqui são pequenos na reestruturação da rede de água e nas obras de esgotamento sanitário. Teve investimento na Estação Vitória? Teve! A compesa produz bastante água, mas não consegue entregar ao cidadão petrolinense”, frisou. “A Compesa anunciou que vai fazer algumas obras, mas são obras de pequeno valor. Tem que ser obras de grande ponta para levar água tratada para toda Petrolina e para os novos empreendimentos”, reforçou Rubem Franca.
Rubem disse que a Compesa não está entregando água para os novos empreendimentos. “Vários empreendimentos já passaram pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Petrolina e relataram que solicitaram à Compesa a viabilidade da água tratada e as solicitações foram negadas”, contou.
Sobre o esgotamento, ele citou que foi construída uma estação de tratamento de esgoto, mas foi com emenda do então senador Fernando Bezerra Coelho. “A única obra que ela fez recentemente foi com a sobra de recurso desse investimento do senador, repassado via Codevasf”, afirmou Rubem.
Arrecadação
O gestor da Armup explicou que a Compesa investe em Petrolina pouco mais de 3% do que arrecada. “A Compesa investe em torno de R$ 3 milhões, algo muito pouco diante de uma arrecadação de R$ 110 milhões por ano. Esse dinheiro vai para investimentos em outros municípios, através do subsídio cruzado. As cidades deficitárias recebem os investimentos. Eu não sou contra o subsídio cruzado, mas sou contra esse subsídio cruzado perverso, porque a Compesa precisa, antes, fazer o dever de casa. A cidade está passando sede. Tem que haver esse subsídio internamente, aqui em Petrolina”, destacou.
Rubem Franca disse ainda que alertou o novo gestor da Compesa na cidade, Alex Chaves, sobre o desabastecimento de água, que se acentuaria no final do ano com o aumento da temperatura. “Em maio, eu me reuni com ele e toda equipe da Compesa e alertei: ‘faça uma obra grande, peça dinheiro à governadora, porque vai faltar água no final do ano’. A cidade cresce, tem um Plano Diretor, tem tudo certo para estudar e fazer. A única chance de melhorar, agora, é chover. Porque vai baixar a temperatura e as pessoas vão gastar menos água”, pontuou Rubem. “O prefeito Simão Durando está fazendo a sua parte e levando abastecimento de água para locais que são responsabilidade da Compesa, como no Km-25. Além disso, anunciou saneamento do bairro Henrique Leite, que também é responsabilidade da Compesa”, finalizou.
O Blog deixa o espaço aberto para alguma manifestação da Compesa.
Onde devemos reclamar? Ministério Público, ARPE, Imprensa Nacional? Nos de Petrolina já não aguentamos mais tanto descaso. Se for viável eu sugiro que cada um de nós petrolinenses, formalize queixa neste orgãos acima citados
Sabemos que a COMPESA está deixando a desejar mesmo, e precisa melhorar e muito, e vejo políticos brigando e questionando os serviços prestados por ela na cidade, ficaria feliz se essa luta fosse pelo povo e não por interesse deles,..
COMPESA, desejo antigo de um grupo políptico de Petrolina
Enquanto os políticos de Petrolina ficarem apenas empurrando a responsabilidade para a Compesa, o que se terá como certo é a sede da população.
Sim a privatização e a livre concorrência.