O atual momento do Governo Dilma – que para muitos vive uma crise – mereceu um comentário mais duro do deputado federal e líder da bancada nordestina na Câmara, Gonzaga Patriota (PSB-PE).
O socialista mostrou-se surpreso com a postura do secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, de que Dilma não depende do congresso. Para o deputado, tal soberba se assemelha ao então “todo poderoso” Fernando Collor, até sofrer o impeachment, em 1992.
“A presidente já enfrenta uma inflação acima do esperado e problemas de graves denúncias contra seu principal auxiliar, o ministro (Antonio) Palocci. E ainda no início do mandato teve o seu governo humilhado por parte da sua própria base de apoio, amargando uma terrível derrota, a do Código Florestal. Ela não pode prescindir de negociações de toda ordem”, ponderou o parlamentar.
Gonzaga justifica como “grave” o fato de o partido da presidente – o PT – digladiar-se pela disputa de mais cargos no governo, o que deixa arredios alguns aliados de Dilma. “Ou a presidente demite Palocci, reformula seu Ministério e acaba com a fome de grupos do seu próprio partido, e ainda, procura ela própria negociar com o Congresso Nacional, ou vai ter que enfrentar um difícil quadro de governabilidade, como já ocorre no início do seu mandato”, previu.
Apenas uma amostra de que o PSB está se afastando do PT visando lançar uma candidatura próprio à presidência da república. E quem seria: Eduardo Campos. Na imprensa, já se fala que o partido vai defender o fim da reeleição.