O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, estará novamente em Petrolina. Mas desta vez a visita será administrativa. Na próxima segunda-feira (08) ele lançará às 9h, no Sest/Senat o Plano Emergencial de Controle à Mosca-da-Fruta.
Durante o encontro, Lyra Neto assinará juntamente com a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado (Adagro), o contrato com a Moscamed, órgão responsável pelo monitoramento e controle da praga. Está prevista a liberação mais de R$ 2 milhões, que serão utilizados na execução do plano. A aplicação do plano está prevista para a segunda quinzena de setembro.
O plano será gerido pelo Comitê Gestor de Combate às Moscas-das-frutas formado por produtores e exportadores, em parceria com o Instituto da Fruta do Vale do São Francisco (IFVSF), a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), a Embrapa Semiárido, a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores e Derivados (Abrafrutas) da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Moscamed, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Adagro e a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) da Bahia e Pernambuco.
A gerente geral da Adagro, Erivânia Camelo, alerta que a conquista do contrato junto ao governo vai auxiliar na manutenção de mais de 200 mil empregos diretos e o êxito da fruticultura do Vale. A fruticultura na região é responsável hoje por 98% das exportações de uva e 92% das exportações de manga do país.
Entre as medidas de combate, está a doação de inseticida orgânico para os produtores, o controle cultural e a educação sanitária. Outras medidas que serão aplicadas são o monitoramento e o controle biológico por meio da Técnica do Inseto Estéril (TIE), que serão realizadas pela Moscamed Brasil.
Atualmente o grupo realiza mobilizações e palestras com os pequenos produtores dos perímetros irrigados e agricultores de base familiar, das cidades baiana e pernambucana. As palestras apresentam o plano e convocam os lavradores a participarem efetivamente da ação. As informações são da Moscamed. (Foto/divulgação)
A questão da mosca das frutas é muito séria, realmente. Toda e qualquer providencia para o controle populacional será bem recebido. Todavia sempre comporta algumas observações:
1- Trata-se de um problema técnico dentro da principal atividade econômica da nossa região, a fruticultura irrigada. A ameaça desta praga será sempre constante porque qualquer recuo no controle, ela se faz presente;
2- A ressonância do apelo, via de regra, ocorre sempre em momentos de campanhas políticas, como se a mosca não fosse a das frutas e sim a das urnas;
3- esta sazonalidade das providências precisa ser rompida porque o problema é permanente. Do contrário, dentro em breve os críticos estarão enaltecendo ao lado da indústria da seca também a indústria da mosca;
4 – Já temos instituições presentes na região suficientes para apoiar a agricultura irrigada, todavia o dimensionamento de sua estrutura de pessoal e mobilidade é insuficiente para um acompanhamento e controle necessários. Basta ver o quadro de pessoal da Adagro e os seus afazeres para se constatar esta verdade;
5- A pesquisa e assistência técnica precisam ser melhor supridas de recursos financeiros, técnicos e estratégicos, na busca de maiores resultados econômicos da nossa atividade. Sem contudo agredirmos a natureza, o homem que trabalha e o consumidor do que produzimos.