Ao contrário do que disse à imprensa o líder da bancada de oposição, Ronaldo Cancão (PSL), o governista Ronaldo Silva negou haver qualquer entendimento com a base aliada na Casa Plínio Amorim, com vistas a uma revisão na Lei Orgânica Municipal. O possível acordo teria o objetivo de respaldar, com base jurídica, a reeleição do presidente da Mesa Diretora, Osório Siqueira (PSB).

Ronaldo Silva foi o autor do mandado de segurança junto à Vara da Fazenda Pública de Petrolina, que acatou o pedido e decidiu anular o processo eleitoral da Mesa Diretora, em setembro desse ano, pelo qual Osório saiu reeleito para o biênio 2015/16. O governista viu falhas na condução do processo, criticando a articulação dos oposicionistas e a conduta do próprio Osório.

Mas Ronaldo garante que se houve esse “entendimento” revelado por Cancão, ele não foi informado. “Eu, que sou o autor da ação, não estou sabendo. Inclusive não foi nem notificado, estou sabendo pela imprensa”, declarou, ontem (28), após a sessão plenária.

O governista foi reticente sobre um eventual acordo entre as duas bancadas para que Osório continue presidente para o próximo biênio. “Teremos que sentar com a bancada e ver o que for melhor para a Casa”, ponderou. O governista deixou claro ter entrado com o mandado de segurança porque havia erros no processo. Além disso, Ronaldo também não gostou da forma como a oposição impôs o nome de Osório. “Deixaram brechas, ganharam e ainda saíram zombando da bancada da situação. Mas a justiça mostrou quem estava errado”, pontuou.

Bate-chapa

O governista acrescentou que, do lado dos governistas, nenhum nome ainda foi cogitado para bater chapa contra a oposição. Não deu garantia nem mesmo se haverá bate-chapa. “O bom da situação é que ninguém tem a ganância de ser presidente. A gente tem a ganância de que os trabalhos sejam bem feitos aqui na Casa”, ponderou. Sobre a decisão de Osório em recorrer da impugnação da reeleição, Ronaldo Silva considerou natural. “É um direito dele”, finalizou. (foto/arquivo Blog)