Em meio ao corte de gasto e à austeridade nas contas públicas, o governador Paulo Câmara (PSB) deverá lidar com mais uma dor de cabeça. Desta vez, na segurança pública. O racionamento de recursos atingiu até as viaturas da Polícia Civil. Os delegados receberam, nesta quarta-feira (1º), um e-mail da gestora do setor de transportes da entidade informando que a concessão de combustíveis estava suspensa até segunda ordem.
A orientação, citada na mensagem, é que os policiais que abasteceram a viatura e não conseguiram efetivar o pagamento reúnam o cupom fiscal para serem ressarcidos posteriormente. A determinação agora é não rodar com os carros “enquanto esta instituição empreende esforços para que se resolva a situação o mais rápido possível”, explicou a gestora de frota e combustível, Vera Lúcia Rêgo Melo, no e-mail.
O presidente da Associação dos Deputados de Pernambuco (Adeppe), Francisco Rodrigues, confirmou o recebimento do e-mail. Segundo ele, a Nutricash – empresa que distribui os cartões de combustível – informou ao setor de transportes o anúncio do corte para frota da Polícia Civil.
“Estamos todos estarrecidos. O comentário é que o governo nos colocou de greve. Nosso trabalho é eminentemente de rua. Temos que ir aos locais de crimes e isso depende fortemente dos veículos”, explicou o presidente da Adeppe. De acordo com Francisco, cada viatura tem direito a uma cota mensal de R$ 400 para abastecer.
Em tom de crítica ao Pacto pela Vida, o representante dos delegados comentou que os números do programa estão ruins por falta de uma reformulação do projeto e de autonomia da Polícia Civil para gerenciar o orçamento da entidade. Atualmente, é tudo concentrado na SDS que afirmou que a responsabilidade sobre a situação era da Polícia Civil. (fonte: Blog do Jamildo)