A greve mais longa já realizada pelos docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) completa nesta segunda-feira (5) 72 dias, sem acordo. Como parte do calendário de mobilizações, alguns professores da instituição foram ao Centro de Petrolina na manhã de hoje, onde ministraram aulas aos petrolinenses na Praça do Bambuzinho, Avenida Souza Filho.
A maior insatisfação dos professores é com relação aos cortes feitos pelo Governo Federal, que segundo eles, irão prejudicar drasticamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
“Estes cortes vão paralisar a pesquisa da Univasf. E nós precisamos mobilizar toda a comunidade para que as pessoas tenham conhecimento da gravidade e dos prejuízos”, disse o professor Aníbal Livramento.
Ainda segundo o professor, os cortes provocaram a demissão de mais de 230 trabalhadores terceirizados, fato que, segundo ele, gera prejuízos não só financeiros, mas sociais. “Uma das políticas que teve corte foi o custeio, de 10%, que levou à demissão de centenas de terceirizados. Quando se fala em corte de verbas, isso impacta em corte de renda para várias famílias e gera um problema até mesmo social”, disse o professor.
A pauta de reivindicações da categoria inclui ainda a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras da categoria.