Grupo de parlamentares que atuará em projeto de reforma política diverge sobre financiamento de campanhas

por Carlos Britto // 15 de julho de 2013 às 12:04

reforma-politica-02/Reprodução InternetO financiamento de campanhas eleitorais é o tema de principal divergência entre os parlamentares indicados para compor o grupo de trabalho que atuará no projeto de reforma política na Câmara dos Deputados. Atualmente, as campanhas são bancadas com dinheiro público – do fundo partidário – e com doações de pessoas físicas e empresas. Com o somatório das verbas, os candidatos e partidos, entre outras despesas, arcam com os gastos de propaganda e bancam comícios e viagens.

O G1 ouviu 12 dos 14 integrantes do colegiado – dois não responderam. Dos parlamentares entrevistados, cinco se disseram favoráveis ao financiamento exclusivamente público. Outros cinco optaram pela manutenção do modelo atual, com recursos públicos e privados por meio de empresas e pessoas físicas, mas com maior controle ou limite às doações.

Um dos congressistas do comitê defende somente doação privada de pessoas físicas e outro prefere verba pública e privada somente de pessoas físicas, ou seja, vedando doações de empresas.

O grupo de trabalho da reforma política, formado na semana passada, terá 90 dias para elaborar o projeto que pode mexer nas campanhas, na maneira de votar, na forma de representação e na atuação política dos eleitos dentro do Congresso. Para ser implementada em uma eleição, uma nova regra no sistema político e eleitoral brasileiro precisa ser sancionada ou promulgada ao menos um ano antes. Os líderes dos partidos descartaram alterar as regras para as eleições de 2014.

Grupo de parlamentares que atuará em projeto de reforma política diverge sobre financiamento de campanhas

  1. pedro galesi disse:

    A maioria dos deputados, senão todos, são financiados por empresas e grandes corporações. Essas ligações sujas e perigosas contaminam todo o Congresso Nacional. Não existe a menor possibilidade de mudança através dos próprios congressistas. É mais fácil acreditar em fadas e duendes.

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