‘Guerra’ de grampos agita período pré-eleitoral em Senhor do Bonfim

por Carlos Britto // 19 de maio de 2016 às 17:28

Centro de Senhor do Bonfim-BA. (Foto: Agência A Tarde)

Uma ‘guerra’ de grampos entre vereadores do município de Senhor do Bonfim, envolvendo uma conversa sobre suposta compra de votos para a eleição do presidente da Câmara Municipal, está agitando a cidade no período pré-campanha.

O vereador Otávio Xisto (PMN), conhecido como ‘Tavinho’, após se desentender com os colegas Hélson de Carvalho (PMDB) e Reinaldo Santana, o ‘Rê do Sindicato’ (PHS), havia ameaçado, semana passada, divulgar na Câmara uma gravação com uma suposta tentativa de suborno que teria sido “vítima”. No fim de semana o áudio vazou no blog do Walterley Kuhin. É uma  conversa ocorrida dias antes da eleição do presidente da Câmara de Senhor do Bonfim, em 2012.

Na gravação, um empresário identificado como Márcio Pereira supostamente oferece propina em dinheiro e mais três cargos para que Tavinho apóie o nome do colega Rê do Sindicato (adversário do prefeito Edvaldo Correia, o ‘Dr.Correia’) para comandar o Legislativo de Senhor do Bonfim.

Rê do Sindicato acabou perdendo a disputa para Laércio Muniz (PTN) por um voto. Tavinho votou no vencedor.

No áudio, Pereira coloca à disposição de Tavinho três cargos como ‘brindes’ – dois na Direc e um cujo salário é de R$ 3 mil mensais no gabinete do então deputado estadual Carlos Brasileiro (PT) – além de “50” (aparentemente, R$ 50 mil).  Ao tomar conhecimento da gravação, Rê do Sindicato revelou que também grampeou a conversa e ameaça divulgar sua versão.

Comissão de Inquérito

Diante da repercussão do caso e das cobranças da sociedade bonfinense, o presidente da Câmara de Vereadores decidiu criar uma Comissão Especial de Inquérito para apurar tudo.

O promotor Rui Gomes Sanches Júnior, coordenador do Ministério Público local, disse estar acompanhando a briga, informando que provavelmente também ira abrir uma investigação. “Envolve suspeitas de propina, ilicitudes, portanto vamos ter que atuar”, disse, explicando que a CEI vai ajudar o trabalho do Ministério Público.

Nós temos que ter certa cautela, pois é preciso saber a origem dessas gravações, se foram legais ou não, pois o sigilo das pessoas é garantido pela lei. Se forem gravações ilegais podem ser questionadas como provas“, esclareceu. (fonte/foto: Jornal A Tarde)

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