Agora candidato a deputado federal, Guilherme Coelho (PSDB) não mostrou o menor receio em deixar a Prefeitura de Petrolina nas mãos do presidente da Casa Plínio amorim, vereador Osório Siqueira (PSB).

Na entrevista que concedeu ontem (10) à imprensa para anunciar que sairia candidato, Guilherme disse que teve “uma conversa equilibrada” com Osório, ontem pela manhã, para comentar sua decisão. E ressaltou não ter dúvidas que o vereador, apesar de ser seu adversário em Petrolina, saberá discernir as coisas.

“Osório é uma pessoa de consenso, que começou por mim na política há alguns anos. Ele tem de manter a retidão para saber que que o PSDB de Guilherme, o PMDB de Julio Lossio e o PSB de Fernando Bezerra são menores do que Petrolina, e não pode transformar a prefeitura em palanque político, sob o risco do julgamento da população”, ponderou o tucano.

Perguntado se não se sentiria “devedor” junto à população petrolinense, já que ele era quem deveria assumir o município durante a ausência de Lossio, Guilherme foi enfático: “Eu não poderia adiar mais esse sonho”. O vice-prefeito referiu-se, indiretamente, a 2010, quando chegou a anunciar sua candidatura a federal, mas depois desistiu.

Dilema

Desta vez, Guilherme tinha um dilema pela frente. Como ocupa o cargo de vice-prefeito, caberia a ele assumir a prefeitura, mas se fizesse isso não poderia mais se candidatar nas eleições deste ano. E optou por disputar uma vaga na Câmara Federal, abrindo caminho para Osório na linha hierárquica do município.

Mas Guilherme se disse convicto na recuperação abreviada de Lossio, que se encontra em São Paulo (SP) após passar por uma cirurgia cerebral. “O prefeito já está num quarto de hotel, e se fosse apostar com vocês, diria que ele volta a Petrolina em 30 dias”, declarou. A previsão de recuperação do prefeito, segundo especialistas, é de 60 dias.