Homem é preso com 117 kg de dinamite dentro de casa em Remanso

por Carlos Britto // 31 de dezembro de 2009 às 08:14

Foto:Ivan Cruz

Foto:Ivan Cruz

Uma briga de casal levou a Polícia Civil de Remanso (705 km de Salvador) a descobrir 117 kg de dinamite guardados dentro de uma residência que pertencia a Dorizar Ribeiro das Neves, 45 anos.

De acordo com a queixa prestada pela companheira de Dorizar, Sandra Gomes da Silva, os dois teriam se desentendido e ele a teria agredido e ameaçado, dizendo que iria ‘explodir’ Sandra com as dinamites que tinha em casa. Dorizar está preso na cadeia pública de Remanso por agressão e ameaça à companheira e por posse de artefatos explosivos.

A polícia encontrou na casa, onde Dorizar morava com Sandra e uma filha de 1 ano e 10 meses, localizada na Avenida Eunápio Peltier de Queiroz, a principal da cidade, cinco caixas contendo 318 ‘bananas’ de dinamite.

Dorizar das Neves trabalha na Empresa EGC, que realiza as obras de saneamento no município e é responsável pela compra, utilização e transporte dos explosivos que são usados para quebrar pedras no solo e colocar os dutos.

À polícia ele afirmou que já tem 19 anos de experiência com esse material e acreditava estar agindo de forma correta, pois achou ser mais seguro guardar os explosivos em casa do que na empresa, “onde as pessoas não tinham noção dos riscos”.

Segundo o depoimento do engenheiro de produção da empresa, Danilo Cezar da Silva Cardoso, os explosivos realmente pertenciam à empresa, mas que ele não sabia que eram guardados na casa do funcionário.

“Ele disse ainda que não sabia se toda aquela dinamite era para ser usada apenas nas obras da cidade de Remanso ou nas demais, onde a empresa é responsável por trabalhos semelhantes”, informou o delegado de Remanso Élery Siqueira.

Os explosivos foram levados para a delegacia, de onde foram retiradas por dois representantes do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do 72º Batalhão de Infantaria em Petrolina (PE) e por policiais civis de Juazeiro.

Conforme o subtenente Rone de Jesus Gonçalves, para que uma empresa possa comprar os explosivos, é preciso que ela tenha o Certificado de Registro (CR) que é emitido pelo Exército mediante apresentação de documentos que comprovem a natureza do trabalho como contrato com a prefeitura ou plano de fogo especificando como e onde serão utilizadas as dinamites.

“Em Juazeiro e Petrolina não existem lojas onde sejam vendidos os explosivos e essas empresas também precisam estar cadastradas junto ao Exército para ter permissão de venda”, explica.

O subtenente disse que deverá ser instaurado inquérito administrativo para apurar a situação da Empresa EGC quanto à documentação, os envolvidos serão notificados e afirma que a empresa só poderia ter autorização para armazenamento se tivesse um paiol com todas as regras estruturais exigidas para guardar os explosivos.

 

Fonte: A Tarde Online

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