Foi revestida de pleno sucesso a cirurgia para implantação de uma válvula no coração, sem que fosse precisar abrir o tórax do paciente. O procedimento se deu apenas por cateterismo, através da artéria femoral com uma pequena incisão na virilha. Quem passou por essa experiência foi o agricultor Lourival Maniçoba, de 69 anos. Ele vinha sofrendo com Estenose Aórtica e realizou, há um mês, o primeiro implante Transcateter de Válvula Aórtica (TAVI) do Vale do São Francisco.
O procedimento, realizado no Hospital Unimed de Petrolina por uma equipe médica multidisciplinar liderada pelos hemodinamicistas, Lucas Novaes e Rodrigo Cantarelli, teve a coordenação do chefe do Serviço de Cardiologia Intervencionista do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), do Rio de Janeiro (RJ), Márcio Montenegro.
Considerado uma das maiores conquistas na área cardiológica em todo mundo, o procedimento – que foi realizado pela primeira vez na França em 2003 – possibilitou ao agricultor uma alta hospitalar após dois dias, e o que é melhor: sem os sintomas e os incômodos das fortes dores no peito, desmaios e falta de ar. “Saí do hospital Unimed andando, tranquilo e livre das dores que impossibilitavam até que eu lavasse a cabeça. Estou ótimo e disposto para tudo”, acrescentou Lourival, dizendo ainda que já voltou às atividades na fazenda onde planta cebola.
De acordo com o cardiologista intervencionista (especialista em cateterismo e angioplastia coronárias), Lucas Novaes, o período de recuperação da cirurgia convencional é de três meses com um tempo de internamento entre 7 e 10 dias. “Além de evitar o desconforto com a cirurgia de abertura do tórax, o Transcateter de Válvula Aórtica (TAVI), possibilita um tempo mínimo de internamento e de recuperação além de diminuir os índices de mortalidade em 25% em relação a cirurgia convencional no paciente com perfil de alto risco cirúrgico (conforme scores de avaliação pré-operatória)”, ressaltou.
Resposta imediata
Para o médico e diretor de marketing da Unimed VSF, Francisco Aires, o sucesso do procedimento, inédito na região, é uma resposta imediata aos grandes investimentos feitos com o Hospital. “Dispomos de todo um aparato tecnológico que vem permitindo avanços significativos no diagnóstico de doenças e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Este procedimento, onde todos os passos dos médicos foram guiados por uma tela de raio X (acessando o coração através da veia femoral) só foi possível graças a uma moderna máquina de Hemodinâmica, única neste modelo no Vale do São Francisco”, concluiu Aires. (Fonte: CLAS Comunicação)